Dois casos suspeitos de coronavírus são investigados em Goiás, diz SES
Segundo a secretaria estadual de Saúde, os dois pacientes estiveram na Itália. Material para amostra já foi colhido e segue para análise
Dois casos suspeitos de coronavírus estão sendo investigados em Goiás. É o que destaca a Secretaria de Estado de Goiás (SES). Os pacientes estão internados no Hospital de Doenças Tropicais (HDT) e estiveram na Itália nos últimos dias, país onde 14 pessoas já morreram por COVID-19 (nome dado à doença causado pelo novo coronavírus).
Segundo a SES, três pacientes deram entrada na unidade hospitalar sob suspeita da infecção. Apesar disso, uma das pacientes não evoluiu no quadro e foi liberada. Os outros dois são um jovem, de 22 anos, e uma mulher, de 55. Ele retornou da Itália há 11 dias. Já a mulher chegou ao Brasil no último dia 20. Ambos deram entrada no HDT no última quarta-feira (26).
Antes disso, o jovem passou pela Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Itaipu. Ambos tiveram material coletado para realização do exame no Laboratório Central do Estado de Goiás (Lacen). O resultado deve sair em até 72 horas. Apesar disso, o secretário da pasta estadual, Ismael Alexandrino, pontua que Goiás encontra-se em nível considerado zero. “São cinco níveis, indo até 4. Zero é quando não há nenhum caso confirmado”, explica.
O governador Ronaldo Caiado (DEM), que também esteve no HDT na manhã desta quinta-feira (27), reforça que não há motivação para pânico sobre a situação em Goiás. Ele também salientou que os casos só são confirmados com o aval do Ministério da Saúde, o que ainda não aconteceu.
“Goiás está preparado. Nenhum Estado cumpriu os protocolos e as exigências como nós. A todo o momento, temos novas informações sobre a proliferação e não podemos impedir sua chegada, mas estamos tomando todas as providencias necessárias. O que nós não podemos é criar um clima de pânico na sociedade”, pontua.
Além disso, Caiado também ressaltou que também está sendo instalado um gabinete de crise, que será presidido por Ismael Alexandrino. “Precisamos neste momento de um hospital funcionando da melhor forma possível. Entendeu-se que o clima necessitava de uma intervenção do Estado, para que questões administrativas sejam resolvidas, dirimidas, não haja nenhum impasse e o corpo clínico continue trabalhando e entregando o melhor serviço que puder à população”, afirmou o secretário.
Vale ressaltar que o primeiro caso de coronavírus no Brasil foi confirmado pelo Ministério de Saúde na manhã da última quarta-feira (26). O paciente tem 61 anos, mora em São Paulo e esteve na Itália entre os dias 9 e 21 de fevereiro. Além desse, outros 20 casos estavam sendo investigados: 11 em São Paulo, dois no Rio de Janeiro, dois em Minas Gerais e dois em Santa Catarina. Ainda, há um caso na Paraíba, um em Pernambuco e outro no Espírito Santo. Outros 59 já haviam sido descartados.