Aparecida de Goiânia

Dois detentos são mortos após princípio de motim na CPP

Rixa interna teria motivado os assassinatos. Quatro foram suspeitos foram identificados

De acordo com a DGAP, contato do paciente com outros funcionários foi restrito; Sindicato nega a informação

Dois detentos foram mortos no fim da tarde de quinta-feira (30) após princípio de motim na Casa de Prisão Provisória (CPP). Eles teriam sido mortos com facas de fabricação artesanal. Os suspeitos foram identificados e encaminhados para o 1° DP de Aparecida de Goiânia.

Segundo o delegado titular do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH), de Aparecida de Goiânia, houve princípio de motim no bloco 1 da ala A, da unidade prisional. Os presos estavam muito agitados e gritavam que havia um homicídio e poderia ter mais. Foi preciso a intervenção do Grupo de Operações Especiais (Gope), que isolou o local e encontrou Bruno Fernandes Braga morto em uma celas.

Ao mesmo tempo, detentos de outra ala começaram a fazer arruaça dizendo que matariam mais um. O Gope foi ao local e localizou o corpo de Luiz Carlos Alves Bezerra Jr. 

Os agentes prisionais identificaram quatro suspeitos de envolvimento nos crimes. Segundo os eles, as mortes foram motivadas por rixas internas: Luiz Carlos teria tentado assassinar outro detento e Bruno Fernandes seria “estuprador”, segundo os detentos.

O GIH ainda investiga o caso.

Em nota, a Diretoria Geral de Administração Penitenciária (DGAP) informou que a direção da CPP “vai abrir procedimento administrativo para as responsabilizações e apuração sobre as mortes dos dois custodiados, “encontrados sem sinais visitais, na tarde desta quinta-feira, 30/01, em celas da unidade prisional”. 

A nota diz ainda que a direção do estabelecimento penal já realizou notificação às autoridades para confirmação formal dos óbitos. Os possíveis autores das ocorrências foram identificados e levados  à Polícia Civil para investigação e providências necessárias.