Dois meses após ser liberado em audiência de custódia, ladrão mata vítima para roubar celular em Goiânia
A prisão do autor de um roubo seguido de morte (latrocínio), segundo a Polícia Civil,…
A prisão do autor de um roubo seguido de morte (latrocínio), segundo a Polícia Civil, traz à tona um problema que vem se repetindo com frequência em Goiânia. A facilidade com que criminosos que são autuados em flagrante estão sendo liberados na audiência de custódia.
Vicente Marques Lemes Rosa, de 52 anos, foi assassinado na porta de sua casa, na Rua Gustavo, no Setor Estrela Dalva, em Goiânia, no último dia 23 de maio, por um criminoso que estava em uma motoneta Honda Biz. Ao investigar o crime, a equipe do delegado Rômulo Matos, adjunto da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), chegou ao nome de Tiago Rodrigues de Morais, de 26 anos, e que já possuía duas passagens por porte ilegal de arma de fogo, uma por ameaça, e outra por agressão.
O que mais chamou a atenção do delegado, porém, foi o fato de Tiago ter sido preso em flagrante por porte ilegal de arma no último dia 26 de fevereiro, e, mesmo tento outras passagens, ser liberado no dia seguinte, durante a audiência de custódia. “O Tiago integra uma perigosa quadrilha que, além do tráfico de drogas, comete assaltos em bairros da região Noroeste de Goiânia, e também em Trindade. Agora, o mais preocupante é a gente imaginar que se ele não tivesse sido liberado com tamanha facilidade durante a audiência de custódia, quando foi preso em fevereiro, com certeza o senhor Vicente Marques não teria sido assassinato”, lamentou.
Na semana passada, a Polícia Militar também reclamou após um suspeito de tráfico que foi flagrado com cinco quilos de Skank e uma metralhadora ter sido liberado no dia seguinte, durante a audiência de custódia.
Em depoimento, Tiago disse que não se lembrava do crime. “A quadrilha que ele integra comete tantos delitos que o Tiago mesmo falou não se lembrar de todos. A princípio, ele negou esse latrocínio, mas depois confirmou a autoria”, concluiu o adjunto da Deic.
A polícia procura agora por outros dois comparsas de Tiago que também teriam participado do crime, sendo um que emprestou a arma e outro que ficou nas proximidades aguardando a conclusão do roubo, e fugiu com o revólver e o celular roubado. O aparelho que custou a vida do Vicente Marques, confessou Tiago, foi vendido por R$ 400.