Dois responsáveis por morte de motorista de Uber em Aparecida de Goiânia são condenados
Crime aconteceu no dia 11 de agosto de 2017, no Setor Serra das Areias e a vítima foi morta a facadas ao tentar fugir dos suspeitos
Dois homens responsáveis pela morte de um motorista de Uber , em Aparecida de Goiânia, foram condenados pela 1ª Vara Criminal do município a 19 anos e 10 meses de reclusão em regime fechado cada um. Welder da Silva Marques, de 36 anos, foi morto a facadas no dia 11 de agosto de 2017 no setor Serra das Areias, após sair para transportar os criminosos.
Segundo a ocorrência registrada pela Polícia Militar, Welder foi chamado no início da madrugada para buscar dois supostos passageiros na Cidade Satélite São Luiz. Assim que entraram no carro, os dois criminosos, que estavam armados com um revólver calibre 38 e com uma faca, renderam o motorista.
Conforme consta na denúncia do Ministério Público de Goiás (MPGO), Gabriel Vales da Silva e Júlio César Barreto da Silva se conheciam há cerca de 5 meses e tinham a intenção de roubar o veículo, por isso estavam armados. O destino da viagem, segundo o órgão, seria o Setor Ibirapuera em Aparecida de Goiânia.
Com informações sobre o Renault Sandero roubado, militares da 16ª CIPM intensificaram o patrulhamento pela região, e em pouco tempo conseguiram localizar os dois criminosos trafegando pelo Jardim Tiradentes. Ao perceber a aproximação da viatura, Júlio César Barreto, que dirigia o carro roubado, aumentou a velocidade e atirou contra a equipe, que revidou.
Ferido na perna durante o confronto, Júlio César parou o carro e se entregou. Após ser medicado no Huapa, ele foi autuado no 4º Distrito Policial de Aparecida de Goiânia junto com Gabriel Vales da Silva, que também participou do latrocínio. Para os PMs, os dois contaram que receberiam R$ 2 mil pelo Sandero roubado.
Conforme o MP, o motorista chegou a implorar para não ser morto, já que era pai de uma criança pequena. Depois disso, ele tentou fugir dos suspeitos, momento em que foi esfaqueado até a morte.
O juiz Carlos Magno Caixeta da Cunha, que julgou o caso, considerou que não havia dúvidas do envolvimento de Gabriel e Júlio César na morte de Welder. Para o magistrado, mesmo que apenas um dos suspeitos tenha desferido as facadas, os dois devem ser responsabilizados, já que ambos tinham consciência do que estava ocorrendo.