BELEZA SEM B.O

Donas de clínicas de estética em Goiânia e Aparecida são alvos da Polícia Civil

Luana Nadejda Jaime e Maria Silvânia são proprietárias de duas clinicas de estética em Goiânia e Aparecida

Maria Silvânia responde por lesão corporal grave após uma paciente ter sido internada na UTI e entubada depois de realizar um procedimento (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Maria Silvânia responde por lesão corporal grave após uma paciente ter sido internada na UTI e entubada depois de realizar um procedimento (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Duas mulheres, proprietárias de clínicas de estética em Goiânia e Aparecida de Goiânia, são alvos de uma operação da Polícia Civil após denúncias de lesões corporais graves decorrentes de procedimentos estéticos. Uma das vítimas relatou ter perdido a funcionalidade do pênis após um procedimento íntimo.

Luana Nadejda Jaime, dona da Clínica Luana Jaime, em Goiânia, responde a quatro denúncias de lesões corporais e está foragida da polícia, sendo procurada pela Interpol. Já Maria Silvânia, proprietária da Clínica Lunar Espaço de Estética Corporal, em Aparecida de Goiânia, foi presa preventivamente.

Luana Nadejda Jaime é proprietária da Clínica Estética Luana Jaime, em Goiânia, e está foragida (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

As investigações começaram em 2023, quando duas pacientes de Maria Silvânia realizaram procedimentos nos glúteos e terminaram hospitalizadas em unidades de terapia intensiva. A polícia descobriu que Maria Silvânia se apresentava como biomédica com diploma falso.

A delegada Débora Melo acredita que o número de vítimas pode ser muito maior, já que apenas seis pessoas procuraram a Polícia Civil até o momento. As mulheres devem ser indiciadas por cinco crimes, incluindo lesão corporal grave, exercício ilegal da medicina e falsificação de documentos.

A divulgação do nome e imagem das duas investigadas na operação Beleza Sem B.O foi autorizada pela Polícia Civil nos termos da Lei nº 13.869/2019 e da Portaria nº 547/2021 – PC, conforme despacho da delegada responsável pelo inquérito policial, de modo que a publicação possa auxiliar no surgimento de novas vítimas, além de novas provas.