PREJUÍZO

Dono da Abelvolks abre boletim de ocorrência após ter contas da empresa no Instagram hackeadas

No relato, o empresário acredita que terceiros não autorizados tenham acessado os perfis, resultando na desativação unilateral pela rede social

O empresário Glauber Oliveira Silva, proprietário da empresa Abelvolks, que organiza eventos de som automotivo, registrou um boletim de ocorrência na Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos em Goiânia após ter suas contas comerciais no Instagram desativadas de forma repentina. Segundo o documento que o Mais Goiás teve acesso, às contas @abelvolksoficial e @jetpartyoficial, essenciais para a divulgação de seus produtos e serviços, foram desativadas pela administradora da rede social, a Meta Platforms Inc., anteriormente conhecida como Facebook S.A.

De acordo com Glauber, a desativação ocorreu em 30 de agosto de 2024, quando ele perdeu o acesso a ambas as contas. A justificativa apresentada pela plataforma foi uma suposta dúvida sobre a autenticidade da identidade associada às contas, o que levantou a suspeita de uma possível invasão cibernética. No relato, o empresário acredita que terceiros não autorizados tenham acessado os perfis, resultando na desativação unilateral pela rede social.

Glauber relatou que as contas eram utilizadas para fins profissionais, possuindo mais de duas mil publicações e cerca de 693 mil seguidores no perfil principal (@abelvolksoficial). “Essas contas eram fundamentais para a comunicação com nossos clientes e para a realização de campanhas publicitárias. A desativação afetou diretamente nossa capacidade de gerar novos negócios e prejudicou a reputação da empresa”, afirmou o empresário à Polícia Civil no ato do boletim de ocorrência.

Além dos prejuízos financeiros, a empresa relatou danos à sua imagem e reputação no mercado, com perda de clientes e comprometimento dos eventos que sua marca realizava. “Estamos sendo prejudicados diariamente, e nossos esforços de marketing digital foram praticamente anulados”, acrescentou Glauber.

Diante dos fatos, a empresa Abelvolks, representada pela advogada Jordane Costa da Mota, apresentou uma representação criminal solicitando a apuração do caso pela Delegacia de Crimes Cibernéticos. A suspeita é de que tenha ocorrido uma invasão de dispositivo eletrônico, crime previsto no artigo 154-A do Código Penal, que pode resultar em penalidades severas aos responsáveis.

A representação solicita, ainda, que a Meta forneça informações sobre os acessos feitos à conta @abelvolksoficial, especialmente os registros de IP e outras atividades digitais da semana da desativação. “A preservação das provas digitais é essencial para identificar os autores e garantir a reparação dos danos causados”, explicou Jordane.