Dono de distribuidora preso por tráfico em Goiânia mantinha vida de luxo, diz delegado
Dono de distribuidora preso se chama Baltazar Cabral Júnior, Além dele, a Polícia Civil prendeu a esposa e outros sete suspeitos
Dono de uma pequena distribuidora de bebidas em Goiânia, Baltazar Cabral Júnior foi preso nesta segunda-feira (21/10) acusado de chefiar uma quadrilha que trafica cocaína na região metropolitana da capital. De acordo com a Policia Civil, o alto padrão de vida que ele mantinha não condiz com a realidade financeira de seu negócio.
Além de Baltazar, e da esposa dele, que não teve a identidade revelada, a Polícia Civil prendeu nesta segunda-feira outros sete suspeitos de tráfico em Goiânia, São Luiz de Montes Belos, e em Brasília (DF). De acordo com o delegado Rhaniel Almeida, titular da Delegacia Estadual de Repressão aos Narcóticos (Denarc), esta é a segunda fase de uma operação que já havia prendido outros sete suspeitos de tráfico no ano passado.
“Nós descobrimos que mesmo após as prisões anteriores, a quadrilha continuava funcionando normalmente, isso porque o líder, Baltazar, continuava em liberdade. Desta vez, porém, conseguimos identificar e retirar de circulação todos os membros, incluindo, além do líder maior, os responsáveis por manter uma central telefônica, os entregadores, os que cuidavam dos laboratórios de refino da droga, e aqueles que atuavam da logística, e na lavagem do dinheiro”, descreveu o policial.
Baltazar e a esposa, ainda segundo o titular da Denarc, moravam em uma mansão de alto luxo, em um condomínio fechado que fica às margens da GO 060, na saída para Trindade, local onde foram presos na manhã de hoje. “O padrão de vida deles é totalmente incompatível com a renda obtida na distribuidora de bebidas, e hoje nós já temos provas, materializadas, de que o casal realmente comandava uma rede extremamente organizada de venda de drogas”, concluiu.
Confisco de bens
Além das nove prisões, os agentes da Denarc, que tiveram o apoio do Grupo Tático 3 (GT3), da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE), apreenderam nesta segunda-feira nove veículos, fecharam um local que era usado como laboratório para o refino de cocaína, e conseguiram, na justiça, o bloqueio de mais de R$ 6,5 milhões em contas, e bens dos investigados. Os nove indiciados responderão por tráfico, e associação.
Segundo a PC, “a divulgação da imagem e identificação do preso que é apontado como líder da organização criminosa foi precedida, nos termos da Lei nº. 13.869/2019, Portaria n.º 547/2021 – PC, fundamentada na possibilidade de surgimento de novas testemunhas e na hipótese de identificação de outros crimes praticados pelo investigado”.
A reportagem do Mais Goiás não conseguiu contato com a defesa de Baltazar Cabral Júnior, mas o espaço está aberto, caso queiram se pronunciar.