DECISÃO

Dono de funerária é condenado por causar morte de empresário concorrente, em Goiânia

Idoso foi morto com três disparos por um adolescente a mando de denunciado em frente a um estabelecimento comercial do setor Bueno, em 2005

Mandante da morte de idoso por disputa de licitação de funerária é condenado a 13 anos de prisão em Goiânia (Foto: Divulgação/MPGO)

O empresário Clóvis Inácio Reis foi condenado a 13 anos e nove meses de prisão por ser o mandante do homicídio do também empresário Aloísio Bittar de Rezende, de 70 anos, morto um por adolescente em frente a um estabelecimento comercial de Goiânia, em 11 de março de 2005. O crime teria sido motivado por divergências em torno de uma licitação destinada a contratar a funerária que prestaria serviços para a prefeitura de Goiânia na época.

A denúncia foi oferecida pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) em 2011 e o julgamento, presidido pelo juiz Eduardo Pio Mascarenhas, ocorreu na terça-feira (29) na 1ª Vara Criminal de Crimes Dolosos contra a Vida e Tribunal do Júri, em Goiânia. O promotor responsável pelo caso é João Teles de Moura.

Idoso foi morto a tiros em frente a estabelecimento do setor Bueno

A investigação policial constatou que, no dia 11 de março de 2005, Aloísio estava em frente a um estabelecimento comercial na rua T-53 com a avenida Mutirão, no setor Bueno, quando dois homens em uma moto se aproximaram. O garupa, que era menor de idade na data do crime, desceu da moto e efetuou três disparos contra o idoso, em seguida, subiu no veículo novamente e fugiu.

A vítima recebeu atendimento médico, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Ao longo da investigação, o suspeito de pilotar a moto veio a óbito.

Disputa por licitação de funerária foi a motivação do crime

De acordo com a apuração, a prefeitura realizou uma licitação para que duas empresas prestassem serviços funerários ao município. Participaram da disputa a empresa de Clovis, a empresa em que Aloísio assessorava e uma terceira. A empresa do acusado foi uma das contempladas.

Porém, dois anos depois, Aloísio denunciou que a funerária de Clóvis apresentava irregularidades além de propagar publicidade enganosa nas Promotorias de Justiça da cidade, o que resultou na exclusão da empresa do certame. Fato que levou o denunciado a planejar a morte do idoso.

Clóvis responderá pelo crime de homicídio duplamente qualificado. Uma mulher que teria apresentado os autores do crime para o acusado foi absorvida devido a falta de provas.

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