Dono de lava-jato que vendia combustível já havia sido preso este ano pelo mesmo crime
Durante operação no estabelecimento do suspeito, agentes flagraram também um motorista que comprava Etanol. Foram apreendidos 800 litros de Etanol, que estavam acondicionados em vários tonéis, sem qualquer tipo de proteção
Dois homens, de 23 e 32 anos, foram presos em flagrante por agentes da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon) no momento em que negociavam combustível clandestino dentro de um lava-jato no Jardim Novo Mundo, em Goiânia. Um dos presos, segundo a polícia, já havia sido autuado em flagrante este ano, pelo mesmo delito.
Os dois presos, que não tiveram os nomes divulgados, não puderam pagar fiança na delegacia e devem passar pela Audiência de Custódia na tarde desta quinta-feira (17). Dentro do lava-jato, foram apreendidos 800 litros de Etanol, que estavam acondicionados em vários tonéis, sem qualquer tipo de proteção, o que, segundo a Polícia Civil (PC), poderia ter provocado um incêndio de grandes proporções.
As investigações que detectaram o armazenamento e a venda de combustíveis de forma ilegal dentro do lava-jato Vitória, também conhecido como Índio Truck, na Avenida Juiz de Fora, duraram quatro meses. Segundo apurou a polícia, o dono do estabelecimento aproveitava que o local tinha uma área grande, onde alguns caminhões tanques eram levados para limpeza, para comercializar Gasolina e Etanol.
“Quando foi preso, o proprietário confessou a prática delituosa e disse que o combustível lhe era repassado pelos próprios motoristas das carretas, que rompiam o lacre, retiravam uma pequena parte e depois colocavam outro lacre no tanque. A prática, às vezes não era percebida pela distribuidora”, descreveu o delegado Rodrigo Godinho, adjunto da Decon.
O dono do lava-jato e o motorista que estava no local comprando Etanol foram autuados por revenda de combustível em desacordo com as normas estabelecidas, crime que tem pena prevista de um a cinco anos de reclusão. “O interessante é que este mesmo comerciante já havia sido preso este ano pelo mesmo crime, só que, naquela ocasião, foi indiciado apenas por crime ambiental”, concluiu Rodrigo Godinho.