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Dono de loja é preso suspeito de inflar número de armas levadas por ladrões em furto no DF

Polícia faz nesta segunda (19) operação; outros quatro também foram detidos

Foto: PCDF

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu na manhã desta segunda-feira (19) o proprietário de uma loja de armas, suspeito de ter inflacionado o número de armamentos furtados de seu estabelecimento em junho. Segundo as investigações, o empresário também realizava vendas ilegais de armas e aproveitou o furto para incluir no arsenal roubado armamentos que haviam sido comercializados de maneira irregular.

Além dele, outros quatro suspeitos foram detidos, apontados como integrantes de uma quadrilha responsável pelo furto das armas em Ceilândia.

As investigações tiveram início após o furto ocorrido nos dias 8 e 9 de junho em uma loja especializada na venda de armas de fogo. A polícia descobriu que os suspeitos começaram a planejar o crime em maio.

O grupo utilizou documentos falsos para alugar um imóvel ao lado da loja de armas. Os criminosos abriram buracos nas paredes para acessar o local e furtar o arsenal.

Segundo a investigação, o empresário havia informado à Polícia Civil o desaparecimento de 76 armas de fogo. No entanto, as investigações revelaram que o proprietário do estabelecimento tentou manipular o andamento das apurações, registrando um número inflado de armas supostamente subtraídas.

“A fraude processual foi detectada e, mesmo com a tentativa de engano, a polícia confirmou o furto de armas, embora em menor quantidade do que a inicialmente relatada”, informou a polícia.

As investigações também revelaram que o empresário já havia vendido armas de forma ilícita antes do furto e aproveitou a oportunidade para incluí-las entre as que foram supostamente roubadas.

Não foi divulgado o número exato de armas efetivamente furtadas e quantas haviam sido vendidas ilegalmente.

A operação, denominada Illusion, cumpriu 12 mandados de busca e apreensão. Até o momento, quatro pessoas foram presas—três homens e uma mulher—acusados de envolvimento no arrombamento e furto. O proprietário da loja foi detido por fraude processual e comércio ilegal de armas de fogo.

Armas de fogo, munições e acessórios em posse do empresário foram apreendidos para evitar que fossem comercializados ilegalmente.

“A investigação segue em andamento e, até o momento, não foi estabelecido nenhum vínculo entre os criminosos que realizaram o furto e o empresário”, destacou a polícia.

Os investigados enfrentarão acusações de falsificação de documentos, uso de documentos falsos, furto qualificado, comércio ilegal de armas de fogo e associação criminosa. As penas previstas variam de 1 a 12 anos de reclusão.