Donos de restaurantes protestam contra decreto de Goiânia nesta quarta (10)

Empresários do setor de bares e restaurantes de Goiânia irão realizar às 9h desta quarta-feira (10) um protesto em frente ao Paço Municipal. A categoria pede que a prefeitura do município reveja as restrições do decreto de combate à Covid-19, que entrou em vigor na última segunda-feira (8). Os principais pedidos incluem a possibilidade do cliente realizar a retirada do pedido no estabelecimento e também a abertura dos locais que servem refeição em horário de almoço.

Segundo a assessoria de comunicação do Sindicato dos Bares e Restaurantes de Goiânia (Sindbares), mais de 100 estabelecimentos com seus funcionários notificaram que vão aderir à manifestação. O Sindicato dos Proprietários de Pit-Dogs e lanches (Sindipitdog) e o Sindicato dos Empregados no Comércio Hoteleiro no Estado de Goiás (Sechseg) também confirmaram participação no evento.

Aa categorias alegam que é inviável financeiramente para os seguimentos trabalharem sem o atendimento presencial. Na tarde desta terça-feira (9), o Sindibares comunicou que empresas que não conseguem mais continuar trabalhando e com isso trabalhadores perdendo empregos.

“Em muitos restaurantes, principalmente os que servem almoço, a maioria dos clientes faz seu pedido por WhatsApp e telefone e passam no local para buscar sua encomenda, em muitos casos nem descem do carro e vão consumir o produto em outro espaço”, reforçou a nota do sindicato.

A entidade alega que reconhece a importância dos aplicativos de entrega, mas que somente eles não são suficientes para que os proprietários possam arcar com salários, impostos e as demais contas mensais. Para chamar atenção para a situação foi organizada uma paralisação no serviços de entregada nesta terça e quarta-feira. A modalidade delivery ficou suspensa ontem e permanecerá hoje também.

Demissões

O Sindibares ainda pontuou que o dia 1º deste mês de março, quando os bares e restaurantes tiveram que fechar as portas, cerca de seis mil trabalhadores, que estavam em contrato de experiência, foram demitidos. “Com essas novas restrições e sem a possibilidade de reabrir nos próximos dias esse número deve chegar a 14 mil na próxima semana”, destacou a nota.