Zika vírus

Duas grávidas que tiveram zika têm bebês sem microcefalia

As mães tiveram a identidade preservada, mas durante toda a gestação receberam suporte e acompanhamento da secretarias da Saúde.

Duas grávidas, uma de Santo Antônio do Descoberto e outra de Rio Verde, em Goiás, que tiveram zika no primeiro trimestre de gestação, tiveram bebês saudáveis, sem microcefalia. A informação foi divulgada na tarde desta quarta-feira (16/03) pelo Comitê de Investigação de Microcefalia do Estado. As mães tiveram a identidade preservada, mas durante toda a gestação receberam suporte e acompanhamento da secretarias da Saúde.

Os resultados permitem afirmar que em Goiás, até o momento, não há caso confirmado de microcefalia provocado pelo zika vírus. A gerente de Vigilância Epidemiológica da SES e membro do Comitê de Investigação de Microcefalia, Magna Carvalho, resume a boa notícia. “É importante destacar que nem toda gestante que tem zika vai ter um bebê com microcefalia”.

A microcefalia é uma condição rara, na qual o bebê nasce com o crânio menor, com perímetro igual ou inferior a 31,9 centímetros no caso de menino e 31,5 cm para menina. Crianças que nascem com essa malformação podem ter complicações motoras e no desenvolvimento da fala, e até quadros de convulsão.

A microcefalia pode ter causas genéticas, passadas dos pais para a criança, como também por uso de drogas, álcool ou outros produtos tóxicos durante a gestação, além de possíveis infecções que atinjam o bebê durante a gestação.

Dados de Zika (3 de janeiro a 5 de março de 2016)

– Casos notificados: 244; – Casos em investigação: 207; – Casos confirmados: 24; – Casos descartados: 13

Microcefalia (2015/2016 – dados atualizados até 14 de março)

-Casos notificados: 117; – Casos em investigação: 90; – Casos de microcefalia confirmados para infecção congênita, sem relação com o zika (sífilis, citomegalovírus, toxoplasmose, fenilcetonúria materna, rubéola e outros): 7; Casos confirmados com possível relação com zika: 0.