ENVOLVIMENTO

Dupla é presa em Goiás por se passar por irmão de delegado para aplicar golpe no DF

Duas mulheres emprestaram as contas bancárias para ajudar na aplicação de estelionatos

Presas suspeitas de aplicarem golpe fingindo ser irmão delegado da vítima, no DF (Foto: Jucimar de Sousa / Mais Goiás)

A Polícia Civil de Goiás prendeu, na última terça-feira (20), duas mulheres, de 19 e 24 anos, suspeitas de estelionato no conhecido ‘golpe do novo número‘. Em diálogos por aplicativo de celular, suspeitas teriam se passado pelo irmão delegado de uma vítima do Distrito Federal. O investigador usado no crime atua em Goiás.

De acordo com os investigadores, criminosos solicitaram uma transferência bancária de aproximadamente R$ 3.900. Inicialmente, a vítima concordou em fazer a transação, porém, como esse tipo de pedido não era comum entre os irmãos, a vítima entrou em contato com o delegado que negou ter feito o pedido, descobrindo a tentativa de golpe.

Com isso, agentes do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (GREF/DEIC), iniciaram uma busca que resultou na identificação da conta bancária de uma das suspeitas, de 19 anos, que mora em Goiânia.

A jovem foi presa e confessou aos policiais que somente havia emprestado a conta bancária para a prática de golpes. Além do caso investigado, a mesma suspeita estaria envolvida também em outro caso, em que na mesma data ela recebeu mais de R$ 30 mil, de um golpe praticado contra uma vítima idosa, com 63 anos de idade, do estado de São Paulo.

Foi através da jovem de 19 anos que a outra suspeita, de 24, foi localizada. A mulher também foi presa e também confessou que emprestava a conta bancária para a aplicação dos golpes.

Segundo a Polícia Civil, outros suspeitos estão sendo identificados e, ao que tudo indica, existe um grupo criminoso especializado neste tipo de golpe. As mulheres foram recolhidas à Central Geral de Flagrantes e Pronto Atendimento ao Cidadão (CGFPAC).

O golpe

O delegado Cássio Arantes, responsável pelo caso, explica que esse tipo de golpe tem se alastrado pelo país. Ele induz a vítima a acreditar que está falando com algum familiar ou conhecido que alega ter trocado o número de telefone. “Depois de uma breve troca de mensagens, eles pedem dinheiro emprestado várias vezes, até que a vítima perceba que quem está falando é um golpista utilizando, o que pode se chamar de, ‘conta espelho'”, explica.

Em janeiro deste ano, a Polícia Civil já havia prendido 13 pessoas, suspeitas de envolvimento no golpe do novo número em Goiânia. As vítimas costumam ser de diferentes estados e regiões do Brasil.