Golpe aplicado por falsos corretores mirava juízes e causou prejuízo de R$ 153 mil
Foram identificadas 23 vítimas até o momento
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga dois falsos corretores de imóveis que teriam dado prejuízo de R$ 135 mil a 23 pessoas com a promessa de aluguel abaixo do preço em locais já ocupados, no DF. A Operação Delusio, que também pediu o bloqueio de R$ 266 mil dos alvos para ressarcir as vítimas, foi deflagrada nesta quinta-feira (5) e cumpriu dois mandados de busca e apreensão: Gama e Lago Sul.
Conforme a investigação, os principais alvos eram magistrados. A operação começou ainda em agosto, depois que juízes recém-empossados no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) registraram ocorrências na Polícial Civil. Eles tentavam alugar imóveis em Brasília (DF) para o curso de formação inicial da Magistratura do Trabalho.
Em relação aos suspeitos, eles ofereciam às vítimas aluguel de imóveis de alto padrão no Condomínio Brisas do Lago, situado no Setor de Clubes Esportivos Sul, Trecho 4, com contratos abaixo do valor de mercado. Os valores variavam entre R$ 4,7 mil e R$ 5,5 mil.
Com a quantia acertada, os documentos do acordo eram assinados de forma eletrônica e encaminhados aos compradores. A dupla utilizava CNPJ válido para passar a falsa impressão de legitimidade.
Havia, então, a exigência de um pagamento antecipado via PIX para oficializar o contrato de aluguel. Mesmo com o dinheiro, eles ainda mantinham conversas com as vítimas até que elas marcassem a visita. Depois disso, os falsos corretores sumiam. Eles mudavam de número, bloqueavam as vítimas e alteravam as contas.
Os suspeitos podem responder por estelionato e lavagem de dinheiro. As penas podem ultrapassar 20 anos de reclusão. Os homens, de 25 e 26 anos, não tiveram as identidades reveladas. O Mais Goiás procurou a PCDF para saber se já tiveram prisões, mas não houve retorno.