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“É impossível sair da Praça do Trabalhador até dia 10”, afirma presidente da Associação de Feirantes

O presidente da Associação dos Feirantes da Feira Hippie, Waldivino da Silva, afirma que é…

O presidente da Associação dos Feirantes da Feira Hippie, Waldivino da Silva, afirma que é impossível os feirantes deixem a Praça do Trabalhador até a próxima segunda-feira (10), quando terão início as obras de revitalização do espaço. “Precisamos, no mínimo, de 15 a 20 dias para a transferência. Teremos que mexer nas estruturas das bancas e mudar quase 8 mil pessoas de lugar. É impossível sair da Praça do Trabalhador até a próxima segunda-feira como a Prefeitura quer”, disse ao Mais Goiás.

Segundo a Prefeitura de Goiânia, as obras devem durar cinco meses para aproveitar o período da estiagem. A proposta é que os feirantes sejam transferidos para as imediações da Praça, pela rua 44, 67 A e B, avançando até a Avenida Oeste, na parte Norte da rodoviária. Uma nova reunião entre a gestão municipal e a associação está marcada para a tarde quarta-feira (5). Uma alternativa, que será apresentada pela associação, é ocupar  parte da Avenida Independência, no Centro.

Segundo Waldivino, a proposta da Prefeitura ainda não foi aceita porque não foi apresentado um estudo sobre a disponibilidade do espaço. Ele afirma que são cerca de 7,5 mil feirantes com as bancas de produtos, que precisam ser relocados. “Não tem como assinar nada sem essa definição numérica. Na verdade, esse levantamento já deveria ter sido apresentado. Nós sabemos que vai existir transtorno e que muitos serão prejudicados. Já estamos cedendo para atender a demanda do município, mas não dá para deixar 2 mil feirantes de fora, por exemplo”, afirma Waldivino.

Contudo, o secretário municipal de Trânsito, Transporte e Mobilidade, Fernando Santana, afirma que o acordo já foi fechado e todos serão contemplados com “condições mínimas de bom atendimento”: “foi um trabalho longo para chegar ao resultado, mas todos estão de acordo que essa foi a melhor solução”.

“Caso não tenha acordo que contemple todos os feirantes, iremos procurar nossos direitos via Justiça, com mandato de segurança e ter resistência para que nossos direitos não fiquem comprometidos”, afirma Waldivino.

Prefeitura

Fernando explicou ao Mais Goiás que os feirantes continuam na Praça do Trabalhador durante o próximo final de semana. Isso porque início das obras será na próxima segunda-feira (10) mas a mudança acontece apenas a partir das 22h do dia 14.

O trânsito não deve sofrer grandes alterações: a rua 44 terá uma das pistas livre, no sentido Independência-Marginal Botafogo; a entrada e saída de veículos na rodoviária será mantida; o trânsito da Avenida Contorno também será mantido nos dois sentidos. “Nosso objetivo é dar maior fluidez para veículos e pedestres”, explica o secretário.

Pós-obras

Com o fim das obras, a Feira Hippie volta a funcionar na Praça do Trabalhador às sextas, sábados e domingos. As bancas serão projetadas em metalon e terão tamanho uniforme de 2 metros por um. Elas serão dispostas em 15 de cada lado. E serão cobertas com lona bege com fundo branco e beirais.

Já a Feira da Madrugada retorna às quartas e quintas-feiras. Será organizado, ainda, um estacionamento para 1.272 vagas para carros, motos, bicicletas e ônibus.

Revitalização

Orçado em R$ 6.897.038,09, o novo espaço tem previsão de ambiente inclusivo, sem relevos; declividade mínima para pedestres e cadeirantes; e piso podotátil em todas calçadas para deficientes visuais.

As passarelas para pedestres vão ficar nas laterais dos canteiros, interligadas por escadas e rampas acessíveis. Áreas verdes serão feitas para aumentar a permeabilidade do solo. Ainda serão criados um posto da Guarda Municipal e o prédio da administração terá uma enfermaria Três sanitários públicos: um deles é familiar, com 101 m².

Segundo o secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos, Dolzonan da Cunha Mattos, é importante iniciar as obras o mais rápido possível, para que seja aproveitado o período da estiagem. “Nosso objetivo é cumprir o cronograma e o prazo de cinco meses para a entrega”, afirma.