Crueldade

“É uma quadrilha especializada”, diz delegado após descoberta de criadouro de cães em Anápolis

Chácara onde os animais estavam era alugada e contava com animais magros e doentes. Os bichos que não aguentavam eram incinerados em tambores, que também foram encontrados no local

"É uma quadrilha especializada", diz delegado após descoberta de criadouro de cães em Anápolis

O delegado Éder Martins alegou que “é uma quadrilha especializada” a dos presos em São Paulo durante uma rinha de pitbulls. Isso porque a Polícia Civil (PC) descobriu um criadouro dos animais em Anápolis, a 55 quilômetros de Goiânia.

Segundo ele, cerca de 30 cães foram resgatados em situação de maus-tratos. Eles estavam magros e alguns doentes. Éder conta que um dos donos dos animais é o comerciante Djoy Paxiuba Oliveira Lucena Rodrigues, de 40 anos. O delegado não soube precisar se ele é goiano, mas afirmou que era o responsável de organizar as rinhas em solo paulista. Outras pessoas ainda continuam sendo investigadas.

“Sabemos que essa pessoa continua presa em São Paulo e teve um pedido de liberdade negado pela Justiça. Até ontem tínhamos a suspeita do envolvimento dos presos em São Paulo. Hoje nós temos certeza”, afirma Éder.

O delegado conta que chegou ao local após receber denúncia, há cerca de 20 dias, de que na chácara havia animais maltratados. Um peruano foi preso no dia. Ele não falou quem era o dono dos animais, mas acabou reconhecendo algumas pessoas que foram presas em Mairiporã (SP), no último dia 16.

Éder destaca que os animais eram criados e treinados nessa chácara. Posteriormente, eles eram levados para um segundo lugar, que está sob investigação. Quando estavam prontos, eles eram colocados em luta. Alguns eram levados para “competir” em rinhas internacionais, em países como a República Dominicana.

O delegado também explica que as apostas em cães são mais lucrativa, já que são maiores do que as de galos. “Eles ganham muito dinheiro com essa prática delitiva. O dono do cachorro pega um percentual sob as apostas. Eles tinham uma estrutura muito organizada para esse tipo de crime. É algo muito rentável para esses criminosos”, destaca.

Segundo o delegado, os animais que não aguentavam a luta ou ficavam doentes eram incinerados em tambores, que foram encontrados no local. Éder afirma que os responsáveis devem responder, além de maus-tratos, por formação de quadrilha.

O Mais Goiás não conseguiu o contato da defesa de Djoy. O espaço permanece aberto para manifestação sobre o caso.