Em Aparecida de Goiânia, taxa de homicídios cai 45% em dois anos

Aparecida de Goiânia registrou 52 homicídios durante o primeiro semestre de 2022. Esse é o menor número de crimes deste tipo no período desde de 2020. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública (SSP) e foram obtidos através da Lei de Acesso à Informação (LAI).

No comparativo, o primeiro semestre de 2020 houve o maior número de assassinatos, com 95 casos. Naquele ano, janeiro foi o mês mais violento, com 25 mortes violentas. Em 2021, o mesmo período registrou 62 homicídios, o que representa uma queda de 34,73%.

De 2021 para 2022 houve novo registro de queda, desta vez de 16,12%. Enquanto naquele ano, o pico de mortes violentas foi em janeiro, com 15 casos, neste, o mês mais violento foi maio, com 12. Veja a tabela completa abaixo.

Queda geral

O Anuário Brasileiro da Segurança Pública 2022 aponta que há redução de mortes violentas intencionais no Brasil como um todo. O pico da violência letal deu-se em 2017, quando o país registra 30,9 mortes para cada 100 mil habitantes. A partir de 2018 iniciou-se uma tendência de quedas nos índices de mortes, atingindo uma queda de 6,5%.

O documento aponta quatro fatores necessários para se entender essa queda: mudanças demográficas, políticas de prevenção à violência focalizadas e modelos de integração policial, ação do crime organizado, além de controle de armas e mudanças recentes na legislação.

“Avaliações sistemáticas sobre o que funciona e sobre o que precisa ser aperfeiçoado, a sensação é que a tendência de redução da violência está em muito influenciada por dinâmicas estruturais como as demográficas, o que sugere que as políticas públicas de segurança que articulem prevenção e repressão qualificada sejam fortalecidas. Da forma como a área está sendo administrada atualmente, é seguro afirmar que estamos diante de um cenário frágil e que não assegura que o Brasil tenha alcançado um novo e menor patamar de violência”, aponta o Anuário.

O levantamento ainda aponta que 76% das mortes violentas intencionais no país são causadas por armas de fogo, 17,6% por arma branca e 6,4% outros instrumentos.

Violência

Um desses casos, ocorreu no final de março, quando um jovem de 21 anos foi assassinado a tiros na porta de casa, após um motociclista efetuar disparos, no Bairro Sítio Santa Luzia. A vítima foi atingida nas costas, nádegas e pernas.

Em outro caso, no dia 3 de julho, um homem de 27 anos foi assassinado no Jardim Tropical ao lado da namorada. A Polícia Militar apontou que Marcioelio Guedes da Silva foi abordado por um homem armado no momento em que entrava no seu veículo, um Nissan Sentra. Logo depois, efetuou disparos contra o homem e depois atirou contra a mulher, mas o revólver não tinha mais munições. Ela conseguiu escapar.