Em arquivo, policiais encontram ocorrência do desaparecimento de Roberta Jamilly
Dentre os documentos históricos entregues a polícia, está o procedimento que investigou o desaparecimento da garota. O caso ficou conhecido nacionalmente
Na busca da proteção à memória documental e histórica da Polícia Civil, os agentes de polícia Marcos Valverde e Bruno Garajau receberam dos servidores da 4ª Delegacia Distrital de Polícia (DDP) de Goiânia, procedimentos policiais de grande valor histórico.
Dentre os documentos históricos entregues a equipe, está o procedimento policial instaurado em 1981, que investigou o desaparecimento de Aparecida Fernanda Ribeiro, mais conhecida como Roberta Jamilly. O caso ficou conhecido nacionalmente junto ao do garoto “Pedrinho”.
Tal ação foi possível graças ao trabalho de análise e gerenciamento dos arquivos da unidade, elaborado pelo Delegado Carlos Caetano Júnior, pelos escrivães Alexandre de Souza Oliveira e Darli Ferreira da Hora e pelo agente Sebastião Guimarães Pereira. Ao iniciar os trabalhos na unidade, eles buscaram o apoio do Arquivo Geral para análise de temporalidade dos documentos e auxílio para guarda e descarte.
Marcos Valverde esclarece que as unidades da Polícia Civil devem realizar análise de seu acervo material e documental e, caso identifique qualquer objeto ou documento de caráter histórico, devem entrar em contato com o Arquivo, o qual enviará equipe para avaliação e recolhimento.
O caso
Aparecida Fernanda Ribeiro foi sequestrada por Vilma Martins Costa da antiga Maternidade de Maio, em Goiânia. Aparecida foi registrada como filha biológica de Vilma, com o nome Roberta Jamilly. O caso se tornou conhecido nacionalmente, após ser descoberto que Vilma Martins também tinha sequestrado Pedro Junior Rosalino Braule Pinto, em uma maternidade de Brasília, em 1986. O garoto foi sequestrado 12 horas após o nascimento, e registrado como Osvaldo Borges Júnior.
Vilma Martins foi condenada a dez anos de prisão por ambos sequestros. Metade da pena foi cumprida em regime fechado e semiaberto e a outra metade em liberdade condicional. Vilma ganhou liberdade em julho de 2013, e segue morando em Goiânia.