Goiânia

Em assembleia, Guarda Civil Metropolitana decide pela manutenção da greve

Sindicalistas reclamam da falta de diálogo por parte da prefeitura e prometem manter a paralisação por tempo indeterminado

 

Por meio de assembleia, o Sindicato dos Guardas Civis Municipais (Sindguarda) decidiu nesta sexta-feira (17/6) pela manutenção da greve da categoria, em vigor desde o dia 10 deste mês. Eles acusam a prefeitura de não se abrir para negociações e pretendem manter a paralisação pelo menos até que seja aberto um canal entre as partes.

“Nós estivemos no Paço Municipal na última terça-feira (14/6) e não nos receberam”, afirma o diretor do sindicato Carlos Elmir. “Por essa falta de diálogo, nós deliberamos e decidimos pela manutenção da greve”, ressalta.

Além dos problemas gerais que afetam todos os servidores do município, Carlos reclama também da falta de condições de trabalho. “Dos 1.500 guardas municipais, somente 400 tem o curso de armamento e tiro”, destaca. Para ele, pelo fato de a categoria ter hoje poder de polícia, é injustificável que a prefeitura não tenha se disposto a garantir a formação a todos os funcionários da área.

Também constam na pauta da categoria as reivindicações pelo não corte de ponto dos GCMs envolvidos na greve, pelo pagamento de vale-alimentação, pelo cumprimento integral das progressões verticais e horizontais e pela concessão do Auxílio Uniforme. Pelo menos uma das reivindicações dos servidores foi atendida na última quarta (15): a criação do Fundo Municipal para a GCM.

Conforme estabelecido na Lei nº 9.852, promulgada pelo prefeito Paulo Garcia, o fundo tem o fim de promover, cooperar, subsidiar, aperfeiçoar e financiar o desenvolvimento dos serviços de segurança pública da pasta no Município. Seu orçamento será gerido por um conselho formado por representantes da prefeitura, da Câmara de Vereadores e da OAB-GO, além de integrantes da Agência da Guarda Civil Metropolitana de Goiânia (AGCMG).

Outro lado

Por meio de nota, a prefeitura informou que uma reunião teria sido agendada para a última segunda-feira (13) com integrantes do Sindguarda, mas que nenhum dos integrantes do movimento teria comparecido. Além disso, a administração municipal ressalta que o sindicato é uma entidade recente, que não integra o Fórum Sindical dos Trabalhadores, e que há negociações em andamento com a Associação dos Servidores da Guarda Civil Metropolitana de Goiânia e o Sindicato dos Trabalhadores do Município de Goiânia (SindiGoiânia).

Confira a nota na íntegra:

O chefe de gabinete da Prefeitura, Paulo César Fornazier, informa que foi agendada uma reunião para o dia 13 de junho de 2016 (última segunda-feira), às 17 horas, com integrantes do SindGuarda. No entanto, nenhum dos membros compareceu à reunião marcada. Vale lembrar que o SindGuarda é uma recente associação, a qual não integra o Fórum Sindical dos Trabalhadores e que a Prefeitura de Goiânia tem articulado negociação com a Associação dos Servidores da Guarda Civil Metropolitana de Goiânia e o Sindicato dos Trabalhadores do Município de Goiânia (SindiGoiânia).
 
Acerca de reivindicações do grupo de agentes da Guarda Municipal, Paulo Cesar Fornazier tem a informar que:
 
1) As progressões têm sido concedidas à medida que os processos são concluídos e deferidos;
2) A solicitação de auxílio-fardamento foi atendida e o respectivo processo encontra-se em fase de elaboração e redação, com acompanhamento do grupo de trabalho composto por representantes da categoria e da SMT;
3) A correção da data-base foi apresentada e referendada em assembleia do Forum Sindical, realizada no dia 9 de junho de 2016;
4) A aposentadoria especial encontra-se em estudo e análise junto à Procuradoria Geral do Município;
5) O vale-alimentação está em discussão com a categoria;
6) A criação do Fundo Municipal de Segurança Pública encontra-se na Casa Civil e seguirá para a Procuradoria Geral do Município, para análise.
 
 
A administração municipal reitera que se pauta pelo cumprimento de seus compromissos junto e pela construção de canais de diálogo com seus servidores.