Em carta, acusado de matar Ariane Bárbara diz que está ‘desesperado’ e pede para trabalhar
Jeferson Cavalcante Rodrigues, 22 anos, um dos acusados de matar a jovem Ariane Bárbara Laureano…
Jeferson Cavalcante Rodrigues, 22 anos, um dos acusados de matar a jovem Ariane Bárbara Laureano de Oliveira em Goiânia em agosto do ano passado, escreveu uma carta de próprio punho e encaminhou ao juiz do caso, Jesseir Coelho de Alcântara. Na carta, escrita de dentro do presídio, Jeferson diz que está ‘desesperado’, solicita proteção para a família e pede para estudar e trabalhar.
O rapaz afirma no texto que está depressivo e que tem sofrido investidas de outros detentos e de policiais.
“Estou no ápice do desespero. Tenho tido casos de surtos psicóticos e depressivos. Tive um surto que quase cortei meu olho. Me desculpa por qualquer desagrado sobre esta carta, não queria fazer isso, pois sinto que ‘tô’ diminuindo muita gente e me fazendo especial, garanto que isso não me faz nada bem, mas não ‘tô’ aguentando mais, sinto que estou me perdendo”, relatou Jeferson Cavalcante no texto, anexado ao processo.
O rapaz conta na carta que trabalha no posto de saúde do presídio e que isso o fez sonhar com alguma profissão na área da saúde.
Em outro trecho, Jeferson escreveu: “Suplico que não me abandone ao ócio e ao ermo. Mesmo com todos os problemas e dificuldades, procurei trabalhar e estudar a vida inteira. Me dediquei ao altruísmo e filantropia. Não tenho nem multa veicular”.
Leia na íntegra a carta escrita por Jeferson Cavalcante Rodrigues:
Durante interrogatório dos acusados, em fevereiro deste ano, o juiz Jesseir Coelho suspendeu o julgamento para a realização de exames de sanidade mental dos envolvidos. Por isso, o juízo pôde ser postergado em, pelo menos, 90 dias. Jeferson Cavalcante será avaliado por psiquiatra, que vai diagnosticar se ele tem alguma doença mental.
Crime
Ariane Bárbara desapareceu no dia 24 de agosto do ano passado após sair para lanchar com um grupo de amigos no setor Jaó. No caminho, segundo a polícia, ela foi enforcada até desmaiar. Depois, foi esfaqueada. Após matar Ariane, os amigos colocaram o corpo no porta-malas de um veículo e desovaram em uma mata.
A autora das facadas, uma menor de idade, queria descobrir se era psicopata. “Após matar Ariane, ela ficou ajoelhada por 10 minutos ao lado do corpo, como se estivesse rezando, numa espécie de ritual satânico”, revelou à época Marcos Gomes, delegado responsável pelo caso.
O corpo de Ariane foi encontrado no dia 31 de agosto com perfurações de faca e em estado de decomposição em uma mata do setor Jaó. O trio, que planejava outro homicídio, foi detido no dia 15 de setembro.
*Com informações do Metrópoles