Assassinato

Em depoimento, pai não se lembra de ter matado bebê em Luziânia

O bebê de apenas seis meses foi baleada no tórax e não resistiu ao ferimento. O pai, autor do crime, estava sob efeito de drogas no momento

Na madrugada desta quarta-feira (12), um homem de 25 anos atirou no tórax do próprio filho, um bebê de seis meses. O crime ocorreu no Jardim Ingá, em Luziânia, entorno do Distrito Federal. Policiais Militares receberam uma denúncia anônima de vizinhos dos pais da criança, que ouviram brigas do casal e a mulher gritando por socorro. Entretanto, quando a viatura chegou no local, os gritos cessaram. Posteriormente, a polícia recebeu um chamado do hospital da cidade, informando sobre o caso do bebê.

O bebê foi encaminhado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Luziânia, mas não resistiu ao tiro e veio a óbito. Os policias encontraram o casal em sua residência, no Jardim Estrela Dalva. A arma usada no crime, uma Garrucha calibre 22, estava escondida atrás de um móvel, com munição. A mãe da criança confessou o uso de drogas ilícitas antes do ocorrido, mas diz ter tentado impedir o marido de cometer o crime. O casal estava junto há cinco anos e, nas redes sociais, postavam fotos do filho e frases como “razão do meu viver”.

De acordo com a delegada responsável pelo inquérito, Caroline Matos, do 2º DP de Luziânia o pai alegou não se lembrar do ocorrido. “Ele disse que estava alcoolizado e tinha consumido drogas com a mãe da criança, uma jovem de 20 anos. A mãe do bebê conta que ele queria manter relações sexuais com ela, e diante da negativa, buscou a arma. A ameaçou de morte, e depois apontou para o bebê perguntando se ela duvidava que ele tinha coragem de atirar. Encostou a arma no bebê e atirou”, explicou. A delegada estuda ainda a possibilidade de o homem ter atirado devido aos choros da criança.

A mulher foi liberada após o depoimento e o pai encaminhado para o Centro De Prisão Provisória De Luziânia.