Em Goiânia, Drauzio Varella defende que é preciso incorporar o leite na dieta alimentar
Médico oncologista afirma que o alimento é fundamental para a saúde, por causa dos nutrientes e fonte de cálcio
“Um copo de leite tem 250 miligramas de cálcio. Uma fatia de queijo e iogurte têm a mesma quantidade. O ser humano precisa consumir um grama por dia. Por isso, não basta tomar apenas um copo de leite todos os dias. É preciso incorporar o leite e os laticínios na dieta alimentar”, garante o médico oncologista Drauzio Varella.
Ele participou, na manhã desta quinta-feira (5) do 2º Encontro Estadual dos Empreendedores do Leite e defendeu a importância desse alimento para a saúde da população. Voltado para produtores, empreendedores, profissionais, técnicos, estudantes e demais pessoas ligadas à cadeia leiteira em Goiás, o encontro é realizado pela Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar Goiás) e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Goiás). A estimativa é que 2,5 mil pessoas participem do evento.
Segundo Drauzio, a humanidade toma leite há pelo menos 10 mil anos, exatamente por ser um alimento rico em cálcio. “Mas as coisas estão estranhas hoje em dia, principalmente na internet, com posições contrárias ao consumo do leite. Daí é preciso fazer eventos para dizer para as pessoas que o leite não faz mal. Não se pode criticar sem possuir dados científicos que comprovem se o alimento faz mal para a saúde. Não se pode entrar nesse modismo de falar mal de um alimento e incentivar que seja retirado da dieta da população”, afirma.
Ele explica que o leite não é a ‘primeira vítima’ desse preconceito alimentar sem fundamento científico, já que isso tem ocorrido também com o glúten. “Onde estão os trabalhos e estudos científicos comparando as pessoas que tomam leite daquelas que não tomam e mostrando que as que consomem o alimento estão com problema de saúde. Não existem. São modismo que aparecem periodicamente e as pessoas acabam imitando”, relata.
O médico oncologista rebate ainda as críticas em torno da inserção de aditivos no leite para garantir maior durabilidade do produto de ‘caixinha’ – longa vida. Ele destaca que a indústria produz dentro de critérios rígidos de qualidade. “Se isso realmente acontecesse, quantas milhões de pessoas não estariam doentes, já que consomem o leite longa vida frequentemente. Essa industrialização é igual no mundo interior. São padrões internacionais de rigidez e qualidade.
Em prol da saúde
Drauzio Varella enfatiza que hoje o leite é a principal fonte de cálcio para a alimentação da população. Ele acrescenta que o cálcio é fundamental para fortalecer o esqueleto do ser humano e para a troca celular da estrutura óssea. “Mais ou menos 10% do esqueleto é trocado anualmente. A cada 10 anos, trocamos o esqueleto inteiro. O cálcio é importante não apenas para o esqueleto em sim, mas para a troca dos sinais entre as células. Se você tem uma queda grande de cálcio no sangue, que pode ocorrer sem o consumo de lácteos, o coração para e a pessoa morre”, destaca. O médico orienta ainda que o cálcio também é encontrado em vegetais de cores escuras, mas não mesma quantidade do leite.
Além disso, de acordo com ele, existem pessoas que consomem comprimidos com cálcio, confiando que vão satisfazer as necessidades para a saúde. “A absorção do cálcio em comprimido não é igual ao cálcio que vem do produto lácteo. É um risco fazer essa troca na alimentação”, conclui.