Previdência-Protesto

Em Goiânia, protesto em garagem do Eixo Anhanguera atrasa circulação de ônibus

Cerca de 200 trabalhadores e estudantes protestaram, na madrugada desta sexta-feira (14), na saída da…

Cerca de 200 trabalhadores e estudantes protestaram, na madrugada desta sexta-feira (14), na saída da garagem de ônibus da empresa Metrobus em Goiânia. Com o protesto, os veículos responsáveis pelo Eixo Anhanguera ficaram impedidos de circular. Segundo informações do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior do Estado de Goiás (Sint-Ifesgo), o grupo só liberou a saída dos ônibus por volta de 5h45, após a chegada de equipes do batalhão de Choque da Polícia Militar (PM), que usaram gás e spray de pimenta para dispersar os manifestantes.

Ao Mais Goiás, João Pires Júnior, coordenador do Fórum Goiano contra as Reformas Trabalhista e da Previdência, que reúne centrais sindicais na greve geral, elucidou que a categoria de motoristas de ônibus não aderiu ao movimento grevista. Conforme Pires, os motoristas foram forçados pelos manifestantes a pararem a saída dos veículos de transporte público. O grupo começou a paralisação dos veículos ainda na garagem, por volta de 3h30.

Em nota, a Metrobus informou que os motoristas da empresa não tiveram participação na paralisação e o serviço de transporte foi reiniciado logo que os manifestantes se retiraram da empresa. Conforme a empresa, a circulação dos ônibus já foi normalizada. (Leia a nota na íntegra no final da matéria)

O Mais Goiás entrou em contato com a Polícia Militar e aguarda o posicionamento da corporação.

Greve geral

O movimento também deve atingir o transporte público de outras capitais do país, nesta sexta-feira (14), em razão da greve geral contra a reforma da Previdência, proposta pelo governo do presidente Jari Bolsonaro (PSL). A paralisação foi convocada pelas centrais sindicais no dia 1º de maio e tem o intuito de mobilizar todo o Brasil. O alvo dos manifestantes é o projeto de mudanças nas aposentadorias.

Em São Paulo, as linhas 1, 2 e 3 do Metrô deverão ser as mais afetadas. Já as linhas 4 e 5, administradas por concessionárias, afirmaram que suas operações funcionarão normalmente. Os trens da CPTM também terão operação normal. A paralisação pode não atingir os serviços de transporte do Rio de Janeiro. Movimentos sociais da Frente Povo Sem Medo planejam obstruir o tráfego de veículos nas principais rodovias estaduais e federais e em grandes avenidas de cerca de nove capitais.

Já em Salvador, a estimativa é que todos os 21 mil ônibus não operem neste dia. Funcionários de bancos também confirmaram que aderir à paralisação. No Recife, devem paralisar funcionários de ônibus e metrô, além de bancários e servidores de escolas da rede estadual e municipal. Em Porto Alegre, escolas, transporte, saúde e bancos devem ser afetados. Os colégios públicos não devem ter aulas e parte das escolas particulares anunciaram adesão. O transporte por trem estará paralisado, mas os motoristas de ônibus vão trabalhar.

Na cidade de Curitiba, ao menos 30 categorias já aderiram à greve geral. As escolas devem ser as mais afetadas. Professores de escolas das redes pública e particular da capital paulista também vão aderir.

Nota sobre o posicionamento da Metrobus:

“Por volta das 3h30 da manhã desta sexta-feira (14/06) um grupo de manifestantes adeptos a Greve Geral promovida por movimentos sociais, se reuniram na porta da sede operacional da Metrobus impedindo a saída dos ônibus e paralisando a operação no Eixo Anhanguera.
 
Os motoristas da Metrobus não tiveram participação nessa paralisação. Ressalta-se que a operação foi reiniciada assim que os manifestantes se retiraram da empresa.
 
Neste momento, a operação do Eixo Anhanguera e extensões está normalizada. A Metrobus respeita o direito de livre manifestação e trabalha para que a liberdade de ir e vir do cidadão não seja cerceada”.
*Thaynara da Cunha é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Thaís Lobo
*Com informações do Folhapress.