Em Goiás, 134 municípios terão prioridade para receber vacinas contra dengue
Brasil será o primeiro país com este imunizante disponibilizado pelo sistema público de saúde
Em Goiás, 134 municípios de nove regiões foram considerados como prioritários e deverão ser contemplados com doses comas primeiras vacinas contra dengue. O Estado foi um dos escolhidos pelo Ministério da Saúde para receber o imunizante.
Destaca-se, o Brasil será o primeiro país com a vacina contra a dengue disponibilizada pelo sistema público de saúde. A vacinação está prevista para começar, a partir de fevereiro, em crianças e adolescentes com idades entre 10 e 14 anos.
Segundo a gerente de Imunização da secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO), Joice Dorneles, a pasta trabalha junto aos municípios na organização das capacitações sobre as informações técnicas da vacina. “Como os profissionais deverão aplicá-la. Mas é preciso também aguardar o quantitativo de doses que serão enviadas ao Estado”, pontua.
Ainda sobre a escolha dos municípios, o governo estadual considerou aqueles com mais de 100 mil habitantes e que possuem alta transmissão de dengue; maior número de casos no ano passado e 2024; e predominância do sorotipo 2 da doença no final do ano passado. Dados da SES-GO informam que, atualmente, Goiás possui 13.619 casos notificados da doença e um óbito confirmado, 60% a mais de notificações se considerada as três primeiras semanas de 2023 com o mesmo perído deste ano.
Sobre o imunizante Qdenga, ele deverá seguir o esquema de duas doses, com a segunda sendo administrada com intervalo de três meses. A vacina quadrivalente protege contra todos os quatro sorotipos da dengue.
Vistoria semanal
A secretaria de Saúde recomenda vistorias em casa para identificar e eliminar focos do Aedes aegypti semanalmente. A pasta alerta a população que o tempo necessário para que os ovos depositados pela fêmea do mosquito se tornem insetos adultos é de sete a dez dias.
“Entre a fêmea depositar o ovo e esse ovo se transformar em mosquito adulto, leva-se em média de sete a dez dias. Então, se eliminarmos esse ovo uma vez por semana, impediremos o nascimento de novos mosquitos”, argumenta a superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Flúvia Amorim.