Saúde

Em Goiás, há 25 casos de morte por H1N1 e 12 por outros tipos de vírus respiratórios

Neste ano, a quantidade de casos notificados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causadas pelo…

Neste ano, a quantidade de casos notificados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causadas pelo H1N1 em Goiás é de 139, mesma quantidade dos que são provocados por outros vírus respiratórios no Estado. Os dados são da Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa) da Secretaria de Estado da Saúde (SES).

Apesar de ter a mesma quantidade de casos em relação aos outros vírus, o H1N1 é responsável por mais óbitos neste ano. Em Goiás, a variedade A H1N1 foi atrelada a 25 mortes, enquanto todos os outros vírus somados totalizam 12 óbitos. Em 92% de todas as mortes por SRAG, segundo dados da SES-GO, as vítimas possuiam fatores de risco como diabetes ou doenças respiratórias.

O levantamento realizado pela Suvisa mostra que dos 139 casos de SRAG por outros vírus, 79 foram causados por vírus sincicial respiratório, 43 por metapneumovírus, 7 por adenovírus, 7 por parainfluenza 3, 2 por parainfluenza 2 e um por outro vírus não identificado. A coordenadora da superintendência, Gláucia Gama Aires, conta que apenas no ano passado essas variações passaram a ser diagnosticadas, por isso não há comparativo com casos de anos anteriores e nem maiores informações sobre o modo como agem no corpo humano.

A partir de 2017, os casos de SRAG que era remetidos para análise laboratorial começaram a ser analisados em uma nova perspectiva. “Antes as amostras coletadas de pacientes doentes quando davam negativo para H1N1 ou H3N2 eram descartados, a partir do ano passado começaram a ser testadas para novos vírus. Nós temos diagnósticos mais avançados para novos tipos de vírus que entraram para a catalogação dos casos da síndrome”, explica.

Gláucia explica que os outros vírus respiratórios também são sazonais, ou seja, se proliferam em uma determinada estação do ano. Contudo, segundo a superintendente, não é possível determinar qual vírus vai ser mais predominante no período. “No ano passado, por exemplo, nós não tivemos proliferação do H1N1, não houve nenhuma morte. No entanto oito pessoas morreram por H3N2 em 2017, enquanto este ano foram somente duas”, esclarece.

Ao contrário do H1N1 e do H2N3, as outras variedades de vírus respiratório ainda não possuem vacina. Gláucia reforça que não há motivo para pânico e que Goiás continua fora da linha de epidemia de H1N1.

Vacinação

Goiás iniciou a imunização contra a gripe dez dias antes do restante do país. O estado recebeu três remessas de vacina que totalizam 1.227.000 doses que já imunizaram o primeiro grupo de risco, formado por idosos, doentes crônicos e funcionários da saúde.

No total, 1.593.000 pessoas compõe o grupo de risco em Goiás. Segundo a coordenadora de ações de imunização da SES, Joice Dorneles, 50% das doses recebidas pela secretaria na primeira remessa foram distribuídas para Goiânia e Região Metropolitana, mas, nas próximas, a quantidade deve ser distribuída igualmente entre todos os municípios do estado.

Joice explicou que ainda não há números exatos sobre a quantidade de pessoas imunizadas em Goiás, mas estimativas mostram que 75,23% da população de risco já tenha sido vacina. Em Aparecida de Goiânia esta estimativa é de 78,9%. “Nas demais cidades não temos números, mas pelo que formos informados, a procura tem sido grande”, conta.

Veja as datas de vacinação para os próximos grupos de risco:

32/04 a 27/04: gestantes, mulheres que deram a luz em um período de até 45 dias e crianças (com idade até 4 anos 11 meses e 29 dias)

30/04 a 11/05: professores

12/05: todos os grupos de risco

14/05 a 01/06: todos os grupos