Saúde

Em Goiás, oito casos de H1N1 estão confirmados

O Estado de Goiás já registrou oito casos de H1N1 neste ano. O vírus voltou…

O Estado de Goiás já registrou oito casos de H1N1 neste ano. O vírus voltou a ser assunto depois de seis casos da doença serem confirmados – sendo uma morte – em internos da Vila São Cottolengo, em Trindade. Segundo a Secretaria do Estado da Saúde (SES), apesar dos números, a situação está controlada.

Além de Trindade, as cidades de Goiânia e Anápolis também tiveram casos notificados. A SES, por meio de nota, informou que, no momento, não há possibilidade de epidemia e justificou que o surto da Vila São Cottolengo é um caso isolado.

Apesar disso, a pasta ressalta que a população em geral deve adotar as seguintes precauções: evitar levar crianças muito pequenas, gestantes ou idosos em locais onde há aglomeração; lavar, sempre, as mãos com água e sabão ao voltar da rua ou sempre que tiver contato com muitas pessoas; usar lenços de papel ao tossir e espirrar e, qualquer sinal de alarme como febre alta, falta de ar e dor no corpo procurar, imediatamente, buscar auxílio médico.

A campanha de vacinação contra o vírus, segundo a Secretaria de Estado da Saúde, tem o início previsto entre 16 e 25 de abril. Devido a situação em Trindade, foi solicitada uma antecipação da imunização ao Ministério da Saúde. De acordo com a pasta, os grupos prioritários para receberem a vacina são trabalhadores da área da saúde, idosos, crianças, grávidas, puérperas – mulheres que deram à luz a pouco tempo – e portadores de doenças crônicas.

Morte suspeita

As causas da morte de um homem de 37 anos também estão sendo investigadas. Ele deu entrada no Hospital de Urgências de Trindade (Hutrin) na última quarta-feira (8). Segundo a assessoria do hospital, o homem apresentou um caso de insuficiência respiratória e morreu na manhã de quinta-feira (9).

Recomendação em Goiânia 

O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), por meio do promotor Haroldo Caetano, recomendou em ofício à secretária de Saúde de Goiânia, Fátima Mrué, que fosse tomadas todas as ações e providências emergenciais e preventivas para imunizarem os idosos que estão abrigados em instituições de longa permanência para idosos (ILPIs). Além deles, todos os funcionários dessas entidades também devem ser vacinados. O promotor deu um prazo de dez dias para a resposta por parte da secretaria.

O promotor destaca que a grande propropagação da mídia sobre o caso da Vila São Cotollengo, na cidade vizinha e, dada a proximidade das duas cidades, é importante realizar essa vacinação com o intuito de prevenção e que novos casos não venham surgir. “É imperioso que as políticas de atenção à saúde atuem de forma preventiva e, mediante ações emergenciais neste momento de possível surto de gripe derivada do vírus H1N1, que se promovam medidas voltadas à imunização dos idosos e trabalhadores das ILPIs de Goiânia, assim como outras providências de caráter preventivo que se fizerem necessárias”, afirmou.

*João Paulo Alexandre é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Thaís Lobo.