ENCONTRO

Em greve há 15 dias, servidores federais da educação em Goiás pedem ajuda a ministro

"Se tem um presidente que sempre olhou para a educação, foi Lula. Podem ficar cientes que vamos dar uma resposta", garante Camilo Santana

Há 15 dias de greve, os servidores técnico-administrativos dos institutos federais da Educação em Goiás se reuniram com o ministro da Educação, Camilo Santana, nesta terça-feira (26). Na ocasião, o comando de greve pediu apoio ao titular da pasta junto ao governo federal.

“Estamos diante de um governo que valoriza a educação e que ajudamos a eleger. Queremos terminar esse terceiro mandato com a recomposição e valorização da carreira”, afirmou Fernando Mota, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação do Estado de Goiás (Sint-Ifesgo).

Santana, por sua vez, reconheceu o papel dos técnicos-administrativos e a defasagem na carreira destes profissionais. Ele diz que já conversou com o presidente Lula (PT) para encontrar o melhor caminho para atender a categoria. “Terá do ministro toda a intenção de encontrar o caminho e valorizar, tudo dentro dos limites, com diálogo. Se tem um presidente que sempre olhou para a educação, foi Lula. Podem ficar cientes que vamos dar uma resposta.”

Vale citar, a paralisação, que teve início no Hospital das Clínicas, em Goiânia, impacta os servidores da educação da Universidade Federal de Goiás (UFG), Instituto Federal de Goiás (IFG), IF Goiano, Universidade Federal de Catalão (UFCAT) e Universidade Federal de Jataí (UFJ).

Ao Mais Goiás, o Sint-Ifesgo informou que a “greve é em resposta a falta de reajuste e valorização da categoria. Nas últimas mesas de negociação, a proposta do governo foi de aumento nos auxílios e 0% de reajuste. Assim sendo, a categoria deliberou por greve para que o governo dê um real reajuste para a categoria que há mais de seis anos seguem reajuste salarial”.

Ainda em dezembro, o governo federal propôs auxílio-alimentação, mas deixou de fora o reajuste salarial. Foram ofertadas as seguintes propostas: R$ 342 (51,9%) no vale-alimentação; R$ 215 no subsídio per capita saúde suplementar; e de R$ 484 no auxílio-creche.

Já para os servidores públicos aposentados, apenas o reajuste no subsídio de saúde complementar poderia contemplá-los, uma vez que eles não contam com vale-alimentação. Os técnicos aguardavam um retorno favorável do governo federal ainda em fevereiro, o que não ocorreu. A categoria reivindica reajuste salarial de 34,32% ainda para este ano.

Vale citar, o ministro veio a Goiânia para lançar o programa Pé-de-Meia, que beneficia alunos da rede pública do ensino médio. Ainda sobre o comando de greve, o grupo decidiu que a Universidade Federal (UFG) não fará colação de grau e que o Instituto Federal de Goiás (IFG) não irá fazer matriculas remanescentes.