PARTICIPOU E CONVOCOU

Em Luziânia, PF prende suposta organizadora de atos terroristas em Brasília

Nas redes sociais, a mulher indicou ações violentas na capital e incitou bolsonaristas para 'tomada de poder'.

Em Luziânia, PF prende mulher apontada como organizadora de atos terroristas em Brasília (Foto: Reprodução - Redes Sociais)

A Polícia Federal prendeu, na tarde desta terça-feira (10), Ana Priscila Azevedo, filmada participando dos atos terroristas de domingo (8), em Brasília. Ela foi detida por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal, e levada à capital federal.

Ana Priscila é apontada pela investigação como uma das organizadoras dos atos em Brasília. Nas redes sociais, ela sugeriu ações violentas na capital e incitou bolsonaristas para uma “tomada de poder”.

Um dia antes dos atos terroristas, a bolsonarista fez uma publicação em uma rede social em que afirma que o Brasil iria “parar” e que os três poderes seriam “sitiados”.

Em um grupo de Telegram criado em dezembro, Ana Priscila Azevedo convocou os quase 30 mil membros a irem para Brasília. Ela cita, no dia 6 de janeiro, “caravanas vindas de todo o Brasil” e diz que “a Babilônia vai cair”.

Um vídeo compartilhado pela mulher mostra golpistas carregando um ônibus com garrafas de água. Na legenda do vídeo, a administradora do grupo diz que não colocará datas e locais “para dificultar a ação do inimigo”. Também há vídeos indicando ônibus com golpistas saindo de Jundiaí e Mogi das Cruzes, em São Paulo, Londrina e Umuarama, no Paraná, Tangará da Serra, no Mato Grosso.

Ana Priscila Azevedo (à direita) durante invasão ao Palácio do Planalto, em Brasília (Foto: Reprodução – Redes Sociais)

Apesar de ter sido presa só na terça, após trabalho de investigação, a mulher aparecia em vídeos no acampamento golpista no Quartel-General do Exército, em Brasília.

No dia dos ataques, Ana Priscila aparece próximo da rampa do Congresso Nacional. O lugar foi um dos atacados pelos terroristas. Há também imagens que mostram a mulher dentro do Palácio do Planalto durante a invasão.