MATRICÍDIO

Em Posse, polícia prende jovem suspeito de matar mãe por ouvir “vozes”

Marinalva de Jesus, de 41 anos foi morta por golpes de faca e martelo

Em Posse, polícia prende jovem suspeito de matar mãe por ouvir "vozes" (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

A Polícia Civil (PC) prendeu, nesta madrugada de quarta-feira (21), um jovem de 21 anos suspeito de matar a própria mãe, em Posse, com um martelo e uma faca. Ele alegou aos agentes que ouviu “vozes” pedindo que ele cometesse o crime.

Ao Mais Goiás, o delegado Humberto Soares disse que o suspeito estava deitado ao lado da mãe, Marinalva de Jesus, de 41 anos, quando os agentes chegaram, pouco depois do ato, por volta das 3h. “Foi preso dentro do quarto da residência, instantes depois de cometer o crime.” Ele explicou que uma vizinha ouviu os gritos da mulher e acionou a polícia, que se deslocou para o local e realizou a prisão em flagrante.

O delegado informou, ainda, que uma testemunha relatou em depoimento que o autor desferiu vários golpes de faca e martelo em Marinalva. “[O autor] disse informalmente que ouviu uma voz mandando ele matar a vítima e por isso não sabia dizer ao certo o motivo”, destacou.

Segundo o delegado, o suspeito declarou que, após ouvir as vozes, foi tomado por um sentimento de raiva e que não era a primeira vez que as ouvia. “Ele já teve essa vontade de matar, mas, dessa vez, ele diz que o sentimento foi muito forte.”

Humberto relatou, ainda, que o suspeito – que não teve o nome divulgado – disse ter ciência do crime e que estava arrependido, mas que não tinham como voltar. A vítima era natural de Correntina (BA), casada e missionária de igreja evangélica. O jovem de 21 anos tem um irmão menor de idade.

Lesões e prisão

Marinalva apresentou diversas lesões. Dentre elas, escoriações, fraturas abertas e fechadas, esmagamentos e queimaduras. A família está em choque, segundo o delegado.

O suspeito foi detido, submetido a exame médico legal e encaminhado ao presídio da cidade, ficando à disposição das autoridades competentes. Ele pode responder por homicídio qualificado por motivo fútil, sem possibilidade de defesa da vida pela vítima.

Questionado se poderia haver atenuantes pela suposta condição do jovem, o delegado Humberto Soares afirma que, aparentemente, ele não aparenta nenhum transtorno. Contudo, esta tese poderá ser levantada pela defesa.