Em um mês, polícia conclui 184 investigações sobre homicídios que estavam paradas
Um levantamento feito durante a ação mostrou que 40% dos assassinatos foram praticados entre 18h e meia-noite
Após identificar as cidades e regiões que registraram um maior número de homicídios entre janeiro e maio deste ano, a Polícia Civil desencadeou uma operação que concluiu, em apenas um mês, 184 inquéritos que já tinham autoria definida, mas estavam parados. As apurações, realizadas por uma força tarefa composta por agentes de 48 delegacias, ou grupos especializados, cumpriu neste período 154 mandados de prisão, e 52 de busca e apreensão.
Coordenada pela Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), a ação teve como foco cidades localizadas no Entorno do Distrito Federal, com atenção especial destinada à Águas Lindas de Goiás. Durante a operação, os agentes constataram que, dos 20 pontos que registraram um grande número de ocorrências naquela região entre janeiro e maio do ano passado, 14 apresentaram uma significativa redução, no mesmo período de 2024.
Um levantamento feito durante a ação mostrou que 40% dos assassinatos foram praticados entre 18h e meia-noite, e que metade deles (50%), aconteceram após discussões. Pelo menos 83% das vítimas, apurou a DIH, eram brancos, e tinham idades que variavam, entre 35 anos, e 64 anos.
Mais de 40% das vítimas, ainda conforme ficou apurado, conheciam os autores, e 36% dos assassinatos foram praticados dentro de casa. Descobriu-se, também, que o consumo de álcool e drogas, serviu como estopim para a prática de quase todos os crimes.
A DIH não divulgou as identidades dos presos. Segundo o titular daquela especializada, delegado Mauricio Passerini, que foi quem coordenou os trabalhos, a ação deve promover uma redução ainda maior nas ocorrências de crimes contra a vida nos próximos dias e meses.