“Em uma semana tudo volta ao normal”, diz diretor do Hugo em coletiva
Presidente da OS que administra o hospital a partir desta terça-feira, garante que o objetivo é "bater todas as metas e atender com qualidade"
Na tarde desta terça-feira (27), foi realizada no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), uma coletiva de imprensa sobre a transição da gestão do hospital, anunciada na última quarta-feira (21). Dr. Ricardo Furtado Mendonça, diretor técnico do Hugo, e Dr. Yuri Vasconcelos Pinheiro, presidente do Instituto Haver, compareceram e esclareceram as questões em torno da troca de gestão.
Substituindo o Instituto Gerir, o Instituo Haver assume o compromisso de entregar “uma gestão de qualidade e transparência“. Em nota divulgada pelo Hugo, o hospital “já se encontra em pleno funcionamento, e todos os serviços terceirizados estão atuando normalmente, inclusive limpeza e hotelaria hospitalar“.
De acordo com a publicação, somente até as 13 horas de hoje, “foram atendidos 218 pacientes“.
Posicionamento do Hugo
O diretor técnico do Hugo garante que, com a transição, todo o atendimento e perfil do hospital será mantido. “Os atendimentos seguem normalizados na parte emergencial. Todo paciente com risco de morte está sendo atendido”. Sobre a taxa de ocupação do hospital, Ricardo continua:
“Hoje a taxa de ocupação está em 82%, quase atingindo a meta, que é de 85%. As cirurgias eletivas estão sendo gradualmente agendadas e começam a ser realizadas. A taxa será restabelecida no início da semana que vem. Hoje já realizamos onze cirurgias eletivas, de um total de 35 ate o final do dia”.
O diretor técnico ressalva que neste período de transição, os protocolos estão passando por revisão. “O Instituto está avaliando tudo, mas não houve alterações. Do ponto de vista médico nada mudou, a transição é da gestão do hospital. Os servidores continuam, tanto os terceirizados quanto os contratados. A diretoria não recebeu nenhuma solicitação de baixa, todos continuam trabalhando normalmente”, garante.
Sobre a questão da falta de insumos na unidade de saúde, Dr. Ricardo garante que em uma semana todos estarão disponíveis. “Os lençóis estão sendo repostos, pois 4.000 kg de roupa não se lava e não se seca em uma manhã. O resultado da nossa gestão nesse sentido não é imediato, é gradual, mas em uma semana está tudo volta ao normal”, conclui.
Instituto Haver
De acordo com o Dr. Yuri Vasconcelos Pinheiro, presidente do Instituto Haver, a palavra inicial é “continuidade”. Ele ressalva que a OS vai atender 100% das recomendações no Ministério Público (MP). “Vamos garantir segurança e qualidade no atendimento para todos, não importando partido político ou time de futebol”.
O presidente da OS, a nova gestão “é muito mais uma missão do que um negócio”. Para ele, assumir o hospital se deve ao senso de responsabilidade do Instituo. “Por isso entramos nessa transição de risco, para entregar o serviço. Não queremos atingir a meta da taxa de ocupação de 85%, queremos atingir 100%”, garante.
Sobre os repasses, Dr. Yuri afirma que até o fim da semana será feito um repasse parcial. “O restante será feito até o dia oito de dezembro, mas estamos tranquilos a respeito dessa questão. O salário do mês de novembro já será pago pela Haver, e a Os anterior está responsável pelos salários atrasado”.
No dia 23 de novembro, o Mais Goiás noticiou que a transição entre as OSs provocou sujeira, falta de medicamentos e insumos. Questionado sobre a questão, o presidente da Haver afirmou que o Instituto já fez a compra dos insumos. “As compras de ordem emergencial e pontual foram feitas com o caixa da OS. Para outras coisas, usamos nossa credibilidade e o relacionamento no mercado”.
Para gerir o Hugo, o Instituo Haver recebeu um ofício do Secretário de Saúde do Estado de Goiás, Dr. Leonardo Vilela, cujo objetivo era a manifestação do interesse em assumir, em caráter emergencial, a gestão do hospital por 180 dias. A Secretaria realizará o processo de chamamento para seleção da organização social responsável por gerir a unidade de forma definitiva.
Sobre isso, Dr. Yuri fala que o Haver concorrerá ao processo daqui seis meses. “Se ganharmos, é questão de merecimento. Vamos entregar o que a população espera da gente, e chegar la na frente cumprindo nosso trabalho, atingindo as metas e atendendo com qualidade. Não estamos entrando agora pensando no futuro, queremos resolver os problemas de agora”, conclui.
*Fabrício Moretti é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Thaís Lobo