Emoção e pedidos de justiça marcam enterro de menino assassinado em Maurilândia (GO)
Victor Henrique foi encontrado sem vida, despido e com sinais de abuso sexual, segundo informou a Polícia Civil
Emoção e gritos por justiça marcaram o enterro do menino assassinado em Maurilândia. O sepultamento de Victor Henrique Alves dos Santos, de 10 anos, ocorreu na tarde de quinta-feira (28), após cortejo na cidade. A criança estava desaparecida e foi encontrada sem vida em um matagal, com sinais de abuso sexual. A Polícia Civil investiga o caso.
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que dezenas de pessoas caminham nas proximidades do cemitério onde o menino foi sepultado. Com cartazes, balões e aplausos, elas gritavam por justiça.
Em um dos cartazes foi possível ver os dizeres: “quando a sociedade se cala, a impunidade tem voz”. Um outro cartaz dizia: “luto pelo meu amigo. Justiça!”.
Homenagens de colegas de turma de Victor Henrique também foram deixadas na porta da escola em que ele estudava.
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Relembre
O menino Victor Henrique, de 10 anos, foi encontrado na última quarta-feira (26), após três dias de desaparecimento. A Polícia Civil apura indícios de abuso sexual contra o garoto.
De acordo com o delegado Elexandre Cézar Rossignolo, a vítima foi encontrada de barriga para baixo e completamente despida. Suas roupas estavam a cerca de 30 metros do corpo. Além disso, durante exame pericial, os legistas encontraram um pedaço de madeira que teria sido introduzido no reto da criança.
“Ainda está sendo analisado se é um pé de milho ou um pé de cana, mas trata-se de um pedaço de madeira que foi introduzido na criança. É o que chamamos de empalamento e é um meio cruel, que foi praticado contra essa vítima. Ainda não sabemos se foi introduzido quando a vítima estava viva ou não. São perguntas para as quais ainda não temos respostas”, afirmou o delegado.
De acordo com Elexandre Cézar Rossignolo, a policia já analisou imagens de câmeras de monitoramento, ouviu testemunhas e, portanto, tem um suspeito. Entretanto, enfatizou que nenhum nome ou imagem do suposto autor do crime será divulgado por enquanto.
Testemunhas disseram à Polícia que o menino estava sozinho em uma espécie de bar ou lanchonete e conversava com o suspeito. O homem teria oferecido a ele refrigerantes e salgadinhos.
O investigador ressaltou que as investigações não acabaram e que mais pessoas serão ouvidas e mais imagens de monitoramento da cidade serão checadas.