Empresa de turismo é acusada de aplicar golpe em mais de 200 clientes, em Goiânia
Mais de 200 pessoas prestaram queixa contra uma agência de turismo sediada em Goiânia acusando-a…
Mais de 200 pessoas prestaram queixa contra uma agência de turismo sediada em Goiânia acusando-a de aplicar golpes. A empresa, Lon Tour Turismo, teria vendido dezenas de pacotes e, posteriormente, adiado passagens e fornecido localizadores falsos aos consumidores.
A namorada e a sogra do empresário Eric Barros foram vítimas da empresa. A namorada embarcaria para a Disney nesta sexta-feira (14), porém, teve a viagem cancelada em cima da hora. Já a sogra comprou um pacote para um circuito por países do leste europeu para setembro, mas tudo indica que a viagem não vai acontecer. O prejuízo somado nos dois casos chega a R$ 31 mil.
De acordo com Eric, a sogra dele já tinha viajado com a Lon Tour em outras ocasiões. “A empresa era conhecida. Tinha foco em turismo religioso e era até recomendada pela Arquidiocese de Goiânia”, relata.
Com aproximadamente 300 clientes à espera de viajar, depois de terem adquiridos pacotes, a Lon Tour teria fechado suas portas de uma hora para outra. “O dono, o Rodrigo, e a esposa dele só ficam com o celular desligado”, conta Eric. O Mais Goiás tentou contato com a empresa por diversas vezes, mas as ligações davam sinal de ocupado.
Antes de desaparecer, o casal teria adiado diversas viagens, até que a maioria dela fosse remarcada para este mês. De repente, na manhã desta sexta (14), os donos anunciaram que estavam em processo de Recuperação Judicial e pararam de se comunicar. A empresa teria vendido seu último pacote no dia 6 deste mês. Das cerca de 300 vítimas estimadas, quase 200 estiveram na Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor do Estado de Goiás (Decon) nesta manhã para formalizar queixa contra a empresa.
O delegado Webert Leonardo já deu início às oitivas para apuração do caso e, de acordo com ele, o prejuízo gerado pode ser milionário. “Pelo que ouvimos aqui estimamos um prejuízo de R$ 1 milhão, mas pode ser mais que o dobro que isso porque nem todas as vítimas vieram”, revela.
De acordo com o delegado, está sendo apurado o crime de estelionato e existe a possibilidade de as vítimas ingressarem na Justiça com pedidos de indenização.