POLÍCIA

Empresa em Aparecida falsificava insumos hospitalares

Cateteres de baixa qualidade estariam sendo comercializados como se fossem de distribuidora bastante conceituada que tem sede no Rio Grande do Sul

Empresa falsificava cateteres de baixa qualidade e os vendia como se fossem de uma marca conceituada do RS (Foto: Polícia Civil)

Um casal de empresários foi preso e autuado em flagrante em Aparecida de Goiânia por falsificar e revender cateteres usados em hemodiálises. Em um de dois imóveis mantidos pelo casal, a Polícia Civil encontrou produtos hospitalares de baixa qualidade, alguns já vencidos, que estavam sendo falsificados, e comercializados como se fossem de uma conceituada marca que tem sede no Rio Grande do Sul.

Os agentes do 5º Distrito Policial de Aparecida de Goiânia chegaram até a empresa que estaria falsificando produtos hospitalares após serem procurados por representantes de uma distribuidora do Rio Grande do Sul. Em depoimento, os representantes alegaram que descobriram a falsificação depois de receberem a reclamação de hospitais sobre a baixa qualidade dos produtos supostamente fabricados e comercializados por eles.

Depois de passarem o final de semana todo apurando quem estaria fabricando e revendendo estes insumos hospitalares em Aparecida de Goiânia, os policiais chegaram até dois endereços, ambos localizados no Setor Morada dos Pássaros. “Em um dos imóveis nós encontramos 300 catéteres, vencidos e descartados em 2017, mas que estavam com a etiqueta desta empresa do Rio Grande do Sul, já embalados, e separados para a venda. Ao lado deste imóvel nós localizamos uma sala, também pertencente ao casal, onde eram emitidas as notas fiscais. Importante ressaltar que nem a suposta fábrica dos insumos, nem a empresa que fornecia as notas, existiam de forma legal”, destacou o delegado Carlos Levergger, titular do 5º DP de Aparecida de Goiânia.

Além dos cateteres, os policiais também localizaram, na fábrica, 600 caixas de medicamentos de uso controlado, e algumas seringas. O casal, que não teve o nome, nem a idade divulgados, foi autuado em flagrante por crime contra o consumidor, e por adulteração de medicamentos, delitos que, somados, tem pena de reclusão que pode chegar a até 15 anos.