Empresário de apostas esportivas é condenado por golpes que chegam a R$ 50 milhões em Anápolis
O empresário de apostas esportivas, Henrique Saccomori, foi condenado a 7 anos e meio de…
O empresário de apostas esportivas, Henrique Saccomori, foi condenado a 7 anos e meio de prisão por golpes que chegam a R$ 50 milhões, em Anápolis. A pena será cumprida em regime semiaberto. O homem foi preso em abril deste ano quando tentava embarcar para Portugal no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.
Embora responda a processos relativos a 50 vítimas, a mencionada condenação refere-se a apenas cinco vítimas, que foram lesadas em cerca de R$ 1 milhão.
Na decisão, a juíza Marcella Caetano da Costa, da 5ª Vara, considerou que a pena deverá ser cumprida no regime inicial semiaberto, pois Henrique Saccomori é réu primário e a pena imposta ultrapassa quatro anos. Além disso, fixou cada dia-multa em 1/30 do salário-mínimo.
No sistema eletrônico da Justiça goiana há outros processos, ainda em tramitação, contra Henrique Saccomori e a empresa dele, H5 Investimentos Esportivos Eireli.
O golpe
O dono da H5 Investimentos Esportivos, Henrique Saccomori, ficou conhecido depois de um grupo de empresários denunciar prejuízos de R$ 290 milhões em razão de golpes aplicados pela empresa de apostas esportivas. As denúncias geraram diversos processos individuais e coletivos contra o empresário.
Vários investidores aplicaram valores altos, na ordem de R$100 mil, R$ 200 mil e até mesmo milhões, com a promessa de ter grandes retornos financeiros. A reportagem apurou ainda que entre os investidores está o dono de uma das indústrias farmacêuticas localizadas no Distrito Agro Industrial de Anápolis (Daia).
Segundo a polícia, Henrique Saccomori convencia empresários em investir em apostas. Ele dizia ser “top 10 em apostas do mundo” e que há três anos só tinha lucros, sem perdas. O homem, entretanto, só apostava parte do dinheiro e subtraia o restante. Além disso, “mais perdia do que ganhava”, de acordo com a investigação.
A esposa do empresário chegou a ser presa, no entanto, acabou solta. A polícia considerou que ela não tivera participação nos crimes e pode até ter sido enganada por ele.