Sonegação

Empresário é preso por falsificação e emissão de nota fiscal sem validade em Goiás

De acordo com as investigações, pelo menos R$ 200 mil em tributos deixaram de ser repassados para o Estado nos últimos dois anos

A Polícia Civil (PC) indiciou, nesta quinta-feira (3), um empresário do ramo da construção civil de Goiânia por crime tributário e uso de documento falso. Atuante no mercado há pelo menos 10 anos, o detido foi identificado após de emitir uma nota fiscal sem validade para a Prefeitura de Inhumas.

Dono da empresa Abi House Serviços e Comércio LTDA, o ele, que não teve o nome divulgado, estaria, segundo o titular da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT), Marcelo Aires, realizando pequenos serviços em condomínios residenciais e repassando aos contratantes notas fiscais nos modelos de blocos de papel, documento que não é permitido desde 2012. “Emitindo estas notas e não o documento eletrônico, ele acabava não precisando recolher o imposto ISSQN, já que este recibo impresso não tem validade nenhuma”, destacou.

Delegado inspeciona documentos que, segundo investigações, são provas de crimes tributários
Delegado inspeciona documentos que, segundo investigações, são provas de crimes tributários (Foto: Áulus Rincon/Mais Goiás)

Além do crime tributário, o empresário está sendo investigado também por fraude em licitação, já que, ainda de acordo com o titular da DOT, teria emprestado o nome da empresa para que um conhecido participasse de uma concorrência para a realização de um serviço junto à Prefeitura de Inhumas. “Pior que o conhecido dele venceu a concorrência, realizou o trabalho e emitiu a nota de bloco após receber pelo serviço, fato que acabou desencadeando toda essa investigação”, concluiu Marcelo Aires.

O empresário, que segundo a polícia mantinha o escritório da Abi House nos fundos de sua residência, na Vila Pedroso, dizia para clientes que sua empresa estava instalada em uma sala comercial em um prédio comercial de luxo que funciona no Setor Marista. Além de responder pelos crimes, que juntos tem pena de reclusão de até seis anos, o empresário também terá que pagar o valor sonegado acrescido de juros e multa.