ESTELIONATO

Vítimas caem em golpe do ‘aluguel fake’ após pagar por estadia em Pirenópolis

A Polícia Civil cumpriu, nesta terça-feira (29), em Anápolis, mandado de busca e apreensão contra…

A Polícia Civil cumpriu, nesta terça-feira (29), em Anápolis, mandado de busca e apreensão contra um empresário suspeito de estelionato. O homem, identificado como Lucas Luiz Morais Ferreira, teria feito várias vítimas num golpe que consistia em usar aplicativos para anunciar o aluguel de imóvel em Pirenópolis que existia, mas não tinha nenhuma relação com ele. Após o pagamento de um sinal por parte da vítima, o empresário desaparecia, ficando com o dinheiro.

De acordo com o delegado Renato Fayão, da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o suspeito anunciava uma casa em Pirenópolis que estaria disponível para aluguel durante as festas de Ano Novo. Ao ser procurado pelas vítimas, Lucas, então, enviava fotos de uma local “fake”: o imóvel existia, mas o suspeito não tinha qualquer vínculo de posse.

O golpe

Ao Mais Goiás, um administrador de empresas de Goiânia conta que foi vítima do golpe. O homem, que não quis se identificar, relata que na última semana viu o anúncio da casa no aplicativo Olx e entrou em contato com Lucas. Os dois conversaram pelo Whatsapp e Lucas, para garantir a confiança no negócio, chegou a enviar comprovantes de endereço do imóvel em seu nome.

Os detalhes foram acertados e a casa, anunciada como tendo 6 quartos, 4 banheiros, piscina e churrasqueira, localizada na zona rural de Pirenópolis, foi alugada pelo valor de R$ 2,5 mil. No entanto, ao receber em sua conta bancária o sinal combinado de 20% do valor total, Lucas desapareceu. “Fiz a transferência na sexta e, a partir do sábado, ele sumiu. O Whatsapp não existia mais, telefone, nada”, relata a vítima, que informou que o anúncio na Olx também havia sido removido.

O homem conta ainda que pesquisou pelo nome de Lucas no Google e se deparou com uma empresa que estava no nome do suspeito. O administrador de empresas tentou contato pelo número disponibilizado no cadastro jurídico, mas sem sucesso.

Em Brasília, no Lago Norte, a advogada Patrícia Aparecida Martins Fonseca, de 30 anos, também caiu no golpe. A um veículo local, Patrícia conta que Lucas pediu um sinal de R$ 1,2 mil pela mesma casa. O valor foi depositado, entretanto, assim como no outro caso, o empresário desapareceu logo em seguida.

Drogas em casa

Durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão na casa de Lucas, em Anápolis, a Polícia Civil encontrou com ele cerca de comprimidos vermelhos que, conforme a polícia, seriam entorpecentes para uso próprio. Além disso, Lucas estaria de malas prontas para viajar para o Araguaia, ocasião em que aproveitaria os últimos dias do ano com o dinheiro das vítimas.

Conforme o delegado Renato Fayão, além do administrador de empresas de Goiânia e da advogada do Lago Norte, outras pessoas podem ter sido lesadas. “Com a divulgação do caso, a gente espera que apareçam outras. Com certeza foram feitas várias vítimas”, arremata.

A reportagem do Mais Goiás não conseguiu contato com a defesa de Lucas. O espaço permanece aberto.