Empresário empurrado de piscina deixa UTI em Caldas Novas; vídeo
O empresário Luiz Henrique Cavalcanti Romano, de 22 anos, deixou a Unidade de Terapia Intensiva…
O empresário Luiz Henrique Cavalcanti Romano, de 22 anos, deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital Nossa Senhora Aparecida, em Caldas Novas, na noite do último domingo (3). Ele foi empurrado de uma piscina situada no segundo piso de um sobrado da cidade no dia 24 de dezembro. Em uma gravação, repassada por seu advogado, ele revela como está sua saúde. “Boa noite! Graças a Deus eu sai da UTI hoje. Tô melhorando. Logo estarei com vocês. Fiquem nas orações por nós ai. Um abraço! (sic)”.
Murilo Falone, advogado da vítima, revela que apresentará “uma série de novas informações” sobre o suspeito de ter empurrado o jovem, identificado como Sérgio Reis, de 24 anos. “Lutaremos para que o delegado peça a prisão cautelar nessa semana”, afirma.
O médico Joaquim Guilherme reforça que Luiz Henrique está no quarto, com estado de saúde considerado estável. De acordo com o profissional, a vítima não corre risco de morte. No entanto, o empresário passará por uma cirurgia na mandíbula na próxima quarta-feira (6).
Nesta segunda-feira (4), Luiz Henrique gravou um novo vídeo no qual pede Justiça pelo caso. “Depois de 11 dias na UTI, eu quero pedir Justiça! Que todos os indivíduos sejam devidamente punidos”, diz.
Relembre
Na véspera de natal, a vítima foi a uma festa em um sobrado, quando houve um desentendimento com demais pessoas do local. Imagens de câmeras de segurança mostram que uma briga teve início e algumas pessoas caíram na piscina. Luiz, que estava acompanhado por dois outros amigos, é agredido e um dos homens ainda lhe aplica um golpe conhecido como “mata-leão”.
Depois disso, o empresário consegue se desvencilhar, tentando sair da piscina. Nesse momento, o suspeito Sérgio Júnior, de 24 anos, empurra o jovem de uma altura de seis metros.
Investigado por homicídio
Na terça-feira (29), o Mais Goiás noticiou que o suspeito de empurrar o empresário na piscina é investigado em Goiânia pela morte do agropecuarista Luiz Darlan Alkimin, de 52 anos. Conforme expõe a corporação, as investigações do mencionado caso ainda estão em andamento, em caráter sigiloso, na Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH) da capital.
Informações da época do crime são de que o agropecuarista foi baleado no momento em que chegava em casa, uma chácara no Setor Orlando de Morais. Ele foi atingido por dois disparos. A caminhonete da vítima, uma Toyota Hilux, foi levada e abandonada na saída de Nova Veneza. Luiz Darlan ocupou a chefia da secretaria de Infraestrutura de Goiás no governo de Alcides Rodrigues (PP) e foi diretor da Goiás Fomento e da Agência Goiana de Habitação (Agehab).
Em nota (confira íntegra abaixo), a defesa de Sérgio Júnior disse que o suspeito prestou esclarecimentos à autoridade policial e se mantém à disposição da Justiça. Segundo o texto, as atenções estão voltadas à “plena e imediata recuperação de Luiz Henrique”.
O Mais Goiás também conseguiu uma foto do sobrado em que a vítima foi empurrada. A fachada mostra a altura da piscina e que a vítima caiu sobre um jardim que estava embaixo do local. Segundo o advogado, isso que amorteceu a queda dele. Mesmo assim o jovem quebrou a mandíbula, clavícula, oito costelas e uma vértebra.
Veja a nota da defesa de Sérgio Reis
1. Que nesse momento de dor e apreensão, a atenção de Sérgio Reis
de Oliveira Júnior, de seus familiares e amigos está totalmente
direcionada à plena e imediata recuperação de Luiz Henrique
Romano, a quem se solidariza e se colocou à disposição, por seus
advogados, para prestar todo e qualquer auxílio necessário,
inclusive material, a fim de que Luiz possa estar junto a seus
familiares, em saúde e conforto;2. Sobre os fatos ocorridos, Sérgio Reis de Oliveira Júnior
compareceu à Delegacia de Polícia em Caldas Novas, ocasião em
que prestou os esclarecimentos à autoridade policial,
mantendo-se, até o momento, à disposição da justiça, e em
posição de respeito e observância à garantia da ordem pública,
à garantia de eventual instrução criminal e, ainda, de eventual
aplicação da lei penal;3. Ao final, informa que notificará a Ordem dos Advogados do
Brasil – Seção Goiás, a fim de que apure suposta infração éticodisciplinar (art. 34, incisos XIII, XV e XXV da Lei n. 8.906/94) praticada pelo advogado Murilo Falone Rocha, OAB/GO 49.308,
a quem não compete, no curso de inquérito policial, requerer
prisão preventiva ou temporária de quem quer que seja, ato
privativo da autoridade policial ou do ministério público, ou
manifestar-se sobre fato pendente de apuração.GILLES GOMES (OAB/GO 46.102), ALLAN HAHMEMANN FERREIRA
(OAB/GO 24.288) e MARIA LAURA PORTELA (OAB/GO 52.105)