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Empresário que se dizia executivo da Johnson & Johnson não tem vínculo com a empresa

Johnson & Johnson Brasil emitiu um comunicado na qual afirma não ter ligação com Jair Junior, acusado de bater na mãe

Empresário é preso por agressão à mãe e trabalho análogo à escravidão em Goiás (Foto: Reprodução / Redes Sociais)

O empresário Jair Junior, que disse ser executivo da Johnson & Johnson do Brasil e é filho do ex-prefeito de Formosa, Jair de Paiva, nunca fez parte do quadro de funcionários da empresa. A informação foi divulgada por meio de um comunicado enviado ao Mais Goiás na quarta-feira (27). O homem foi preso na última segunda-feira (25), suspeito de agredir a mãe e submeter uma funcionária a condições de trabalho análogas à escravidão.

De acordo com a J&J Brasil, Jair pode ter prestado serviços para a empresa em algum momento, mas não há registros dele no quadro de colaboradores.

Trabalho análogo à escravidão

O homem foi detido em Sítio D’Abadia, região Leste de Goiás, após uma jovem de 18 anos conseguir escapar da propriedade rural onde trabalhava. A jovem contou à Polícia Militar que havia sido contratada em junho para cuidar dos pais do empresário, mas que não recebia o pagamento acordado e enfrentava condições degradantes de trabalho.

De acordo com o relato da vítima, ela sofria humilhações constantes e não podia ter acesso ao celular. A situação se tornou insustentável no dia da prisão, quando Jair teria agredido a jovem e arremessado seu celular contra ela. Aproveitando um momento em que o empresário conversava com um gerente, a jovem conseguiu fugir e se dirigiu até Mambaí, onde registrou a denúncia.

Agressão contra a mãe

Além das acusações relacionadas ao tratamento da empregada doméstica, a mãe de Jair também confirmou ter sido agredida pelo filho. Durante depoimento à polícia, ela relatou que foi empurrada por ele no dia anterior à prisão, o que resultou em hematomas pelo corpo. A idosa formalizou uma denúncia contra o empresário.

Jair Junior é acusado de lesão corporal, injúria, maus-tratos, trabalho análogo à escravidão, sequestro e cárcere privado. Ele permanece detido à disposição do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO).