Empresário quer ajudar a reformar a Maternidade Marlene Teixeira, em Aparecida de Goiânia
Unidade ficou conhecida após o episódio do desaparecimento do corpo do recém-nascido, ocorrido no dia 25 de outubro
Um empresário que não quis se identificar revelou com exclusividade ao Mais Goiás que gostaria de ajudar a reformar a Maternidade Marlene Teixeira. Ele teria conhecido a unidade de saúde pouco antes do episódio do desaparecimento do corpo do recém-nascido, ocorrido no dia 25 de outubro.
De acordo com o empresário, o primeiro contato dele com a maternidade foi na semana anterior ao do incidente. “A babá dos meus filhos estava grávida de oito meses”, conta ele. “Ela foi atendida lá e, apesar de perder o bebê, foi muito bem atendida por toda a equipe”.
Depois de acompanhar o caso, ele percebeu que a estrutura da unidade passava por diversas dificuldades. “A energia elétrica é horrível. Colocaram um transformador em frente mas ele não funciona. Por isso, vários aparelhos queimam. O sistema de ar condicionado é um exemplo”, contou.
Ao perceber esses problemas, ele afirma que conversou com a então direção do hospital, se propondo a ajudar. “Minha ideia é conversar com empresários amigos e ver o que podemos fazer. A primeira coisa seria resolver a questão da energia elétrica e o ar condicionado”.
Outra melhoria que seria implementada seria uma humanização da maternidade. “Entrei em contato com uma arquiteta muito competente e renomada e pedi a ela que ajudasse a tornar o local mais humano. Ela também se prontificou a ajudar”.
Empresário quer ajudar
As conversas com a direção da unidade foram interrompidas porque a Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida de Goiânia (SMS) exonerou a direção com a qual ele tinha contato. Agora, ele afirma não conhecer nem a nova equipe e nem a prefeitura. Entretanto, a ideia de ajudar a maternidade ainda está de pé.
“Eu também sou pai. Tenho dois filhos”, disse o empresário. “É muito ruim um pai não poder dar as melhores condições para seus filhos nascerem. O importante é resolver o problema”.
Por meio de nota, a Prefeitura de Aparecida de Goiânia afirmou que não tem conhecimento da proposta para poder analisar a viabilidade.
Entenda o caso
A maternidade ficou conhecida após o episódio do desaparecimento do corpo do recém-nascido. O feto, dado como desaparecido e depois como incinerado, foi encontrado na empresa Resíduo Zero Ambiental no dia 25 segundo a SMS.
Depois do ocorrido, a SMS afastou a direção e a funcionária que atestou o recolhimento do material pela empresa também foi afastada. A pasta informou também que implementou uma sindicância e um Grupo de Intervenção Hospitalar. O objetivo é fiscalizar o cumprimento dos protocolos estabelecidos dentro da unidade.
Por meio de nota, a SMS informou que a confusão aconteceu porque a unidade funcionava acima da capacidade, no dia 24 de outubro. Por isso, a equipe da Maternidade utilizou a refrigeração onde estão localizadas as placentas para guardar o corpo do recém-nascido.