Fim dos lixões: representante do governo do Tocantins diz que Goiás ‘é referência no País’
Após reunião no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, geóloga Sandra Sonoda diz que experiência de Goiás será útil ao estado vizinho
A política de resíduos sólidos executada pela Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (Semad) chama atenção de estados como o Tocantins, que designou uma servidora para visitar o Palácio Pedro Ludovico Teixeira (em Goiânia) nessa semana. A representante enviada foi a geóloga Sandra Sonoda, que fez elogios à Semad após cumprir a agenda.
“Viemos aprender sobre gestão de resíduos sólidos e levar conhecimento para casa”, diz Sonoda. “Goiás está em um estágio avançado, já tem a sua lei de regionalização e já está se preparando para o estudo de viabilidade econômica. Queremos usar essa experiência de para melhorar o que é feito no Tocantins”, completa a geóloga.
Sonoda explica que, no território tocantinense, há duas circunstâncias que fazem com que a tarefa de encerrar os lixões seja ainda mais desafiadora: o número pequeno de habitantes na maioria das cidades e as grandes distâncias que separam os municípios. “É claro que há diferenças na comparação com Goiás, mas há também semelhanças, e são elas que podem nos apontar um caminho”.
Caminho de Goiás
A geóloga foi recebida por Vinícius Freitas Mury, da Superintendência de Resíduos Sólidos e Desenvolvimento Sustentável da Semad. Vinícius explica que a estratégia escolhida por Goiás (tanto na área de resíduos sólidos, quanto no esgoto, drenagem e abastecimento de água) é a regionalização.
“Sabemos que muitos municípios são pequenos e não têm recursos, financeiros e humanos, para resolver sozinhos o problema dos seus respectivos lixões. Portanto, a decisão do Governo de Goiás foi a de criar infraestruturas de descarte (como aterros sanitários, por exemplo) que atendam não apenas um, mas várias prefeituras ao mesmo tempo”, explica Vinícius.
O servidor da Semad lembra que já existe uma lei complementar que dividiu Goiás em três microrregiões (leste, centro e oeste) e o governo agora se prepara para contratar o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES), instituição escolhida para elaborar a modelagem de regionalização. A infraestrutura a ser criada terá governança compartilhada entre municípios e o poder Executivo estadual, que pela primeira vez assumiu responsabilidades nessa área.