Enterrado taxista morto em discussão por ponto
Corpo de Fernando de Sousa Arraes, o Fernando do Crer, foi sepultado na manhã deste sábado (1º) no Cemitério Parque, em Goiânia
O corpo do taxista Fernando de Sousa Arraes, o Fernando do Crer, que tinha 42 anos, foi enterrado às 9 horas deste sábado (1º) no Cemitério Parque, em Goiânia. Familiares e amigos acompanharam o sepultamento. De acordo com o delegado Francisco da Silva Costa, da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH), o trabalho para solucionar o caso do assassinato de Fernando continuará na segunda-feira (3), quando mais pessoas serão ouvidas.
O crime aconteceu por volta das 17h30 de quinta-feira (29). O primo de Fernando, Edgar Mamede, que também é taxista permissionário em Goiânia e tem 34 anos, disse que a vítima voltava para o ponto de táxi do Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer), onde trabalhava, quando viu um taxista que não tinha permissão para utilizar aquele ponto pegar passageiros no local.
Segundo Edgar, os dois começaram a discutir, até que o outro taxista atirou na direção de Fernando. Essa é a versão também conhecida pela Polícia Civil, que ainda pretende esclarecer outros pontos do crime. “Ainda não tenho a informação se o local era mesmo um ponto fixo ou um ponto rotativo. Essa questão precisa ficar mais clara”, disse o delegado.
Francisco da Costa disse que testemunhas relataram que Fernando ficou nervoso com o taxista porque ele estava usando o ponto da vítima. Depois do crime, surgiu um boato de que o autor do homicídio poderia ser um policial militar da reserva. Mas também existem outras informações não confirmadas de que a suspeita poderia ser falsa.
Polêmica
O primo de Fernando afirmou que a implantação dos pontos rotativos em Goiânia gerou muitos problemas, já que a fiscalização acontece em poucos pontos considerados mais bem localizados na capital. “Hoje está assim. Para cada ponto rotativo você tem dois taxistas fixos e dois rotativos. Seria melhor que todos os pontos fossem rotativos ou continuassem a valer só os pontos fixos, com uso para os que têm permissão de ficar neles.”
O crime uniu a família, que se reuniu depois do enterro na casa de um dos tios. Além dos depoimentos de outras testemunhas, o responsável pela investigação do caso quer ter acesso às imagens de câmeras de segurança da Rua 250, na qual o crime aconteceu, no Setor Nova Lima, e nas proximidades.