Entidades planejam protesto em defesa do INSS no Dia do Aposentado, em Goiânia
Alegação é que as políticas do governo federal têm levado ao desmonte dos direitos sociais. Governo analisa convocação de militares para reduzir fila nas agências do órgão
Um grupo de 14 entidades do movimento social promovem um ato em Goiânia nesta sexta-feira (24) para celebrar o Dia do Aposentado. O objetivo da manifestação é chamar a atenção da população para os 97 anos da Previdência Social pública no Brasil e acontecerá às 9 horas na Praça do Bandeirante.
As entidades alegam que atuais políticas do governo federal tem levado ao desmonte dos direitos sociais, como a educação, a saúde e a seguridade social. Eles também protestam contra a possível extinção do Serviço Social do Instituto Nacional do Serviço Social (INSS), prevista na MP-905.
Fernando Mota coordenador do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior (SINT-IFESgo), afirma que não há muitos motivos para comemorar. “Essa manifestação serve também para chamar a atenção dos prejuízos que o povo brasileiro sofreu com a Reforma da Previdência”, disse o sindicalista.
Ele ressalta ainda que o sucateamento do INSS. “Hoje há filas no INSS como há muito tempo não se via. O que o governo quer é colocar a previdência nas mãos das grandes instituições financeiras, o que sabidamente é um risco para os trabalhadores”, enfatizou.
Filas no INSS
Nesta quinta-feira (23), o presidente em exercício, Hamilton Mourão, afirmou que o governo federal analisa a possibilidade de convocar militares da reserva para atuar na redução da fila de pedidos de benefícios do INSS. Atualmente, cerca de 2 milhões de pedidos aguardam parecer do órgão.
A ideia inicial era contratar os militares. Entretanto, diante da possibilidade de indeferimento por parte do Tribunal de Contas da União (TCU), o governo passa a estudar a convocação.
“Olha, o TCU está dizendo que está rompendo o princípio da impessoalidade ao você direcionar a contratação exclusivamente para o grupo militar”, Disse Mourão em coletiva. “Direciona porque é mais barato. Agora, existem formas de fazer sem colocar isso como um rompimento da impessoalidade. O Ministério da Defesa convoca e cede, e não coloca diretamente sob as mãos do INSS. Isso está sendo estudado pelo pessoal na área jurídica”, concluiu.
Com informações de G1