HOMICÍDIO DOLOSO

Entregador é condenado a quase 19 anos de prisão por morte da filha de 1 ano

No dia do crime, ele confessou aos policiais que levou a criança para um canavial com a intenção de matá-la e depois cometer suicídio

O entregador Marcelo Rodrigues Machado foi condenado, na última quarta-feira (11), a quase 19 anos de prisão pela morte da filha de 1 ano. O crime aconteceu no dia 7 de abril de 2017.

Segundo a sentença, o condenado matou a filha com um tiro na cabeça “de maneira cruel e fria“, circunstância que impossibilitou a defesa da criança, o que fundamentou pena de 12 anos de reclusão para o entregador. Como o referido crime foi cometido contra um descendente, a pena total foi elevada a 18 anos e oito meses.

Aos policiais, no momento em que ele e a vítima foram encontrados, Marcelo disse que teve um surto psicótico. Contudo, consta na sentença que não há nos autos elementos suficientes, ou no mínimo estudo, quanto à conduta social ou personalidade do acusado.

Relembre o crime

Segundo o delegado Marco Antônio Maia, no dia 7 de abril de 2017, em Goianésia, a Polícia Civil foi acionada inicialmente para apurar um sequestro. Aos agentes, o entregador disse que quatro homens em um carro preto tinham sequestrado ele e a menina como vingança contra a família da mãe da menor.

“Partimos para a investigação acreditando que era a história verdadeira, mas a perícia técnica começou a apontar falhas no relato de Marcelo. O suspeito foi encontrado com a menina nos braços”, disse o delegado.

Quando os policiais começaram a contradizer a versão do suspeito e a dizer que ele teria que fazer exames para provar que não havia atirado na criança, ele confessou que levou a filha para o canavial com a intenção de matá-la e depois cometer suicídio. “Ele disse que, depois de dar o tiro na cabeça da criança, não teve coragem de se matar. Por isso inventou a história. Também disse que teve um surto psicótico. Tudo isso aconteceu depois que ele teve uma briga com a esposa”, disse Marco.

Quando o entregador percebeu que a filha ainda estava viva, tentou chamar ajuda, momento em que foi encaminhada para o Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia. A menina morreu depois de passar por uma cirurgia.

*Laylla Alves é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Hugo Oliveira