CONDIÇÕES DE TRABALHO

Entregadores de aplicativos de Goiânia vão aderir a paralisação nacional

Representante da categoria pede que apoiadores da classe não façam pedidos no dia da manifestação, agendada para 1°/7

Câmara aprova projeto que obriga app a pagar por 15 dias entregador afastado por Covid - (Foto: Marcelo Casal Jr. / Agência Brasil)

Uma paralisação nacional dos entregadores por aplicativos vai acontecer no dia 1o de julho, por melhores condições de trabalho. Em Goiânia não será diferente. Ythalo Portela, que faz parte de movimentos de lutas de classe e faz entregas de bicicleta, é um dos representantes da categoria – que não tem sindicato formal – e organizador do evento. Ainda a definir o local (provavelmente na Praça Cívica), o encontro ocorre às 9h e deve se estender durante todo dia. Ou seja, nada de pedir aquele “lanchinho”.

Ythalo, inclusive, pede que aqueles que quiserem apoiar os entregadores, evitem fazer pedidos, pois as empresas responsáveis pelos aplicativos devem tentar furar a mobilização com promoções. “Pedimos que não façam pedidos nesse dia”, reforça.

Entre as pautas, o representante afirma que está o aumento das corridas, do valor mínimo por entrega, o fim dos bloqueios e desligamentos por equívoco dos trabalhadores, além de seguro de roubo, vida e acidente. Ythalo destaca que já recebeu R$ 3,50 por entrega. Com isso, é preciso uma jornada de 12h a 14h para conseguir R$ 40, visto que os pedidos não são constantes.

Outra demanda, segundo ele, é pelo fim de sistema de pontuação por determinados dias. “Nos prometer que seremos os nossos próprios ‘patrões’, mas o sistema nos joga nos fins de semana e horários de pico.” Além disso, são demandados auxílio pandemia e licenças. “As empresas não nos dão nenhum tipo de garantia.”

Coronavírus

Os entregadores já estão na rua. São eles que levam lanches e compras na sua casa, quando você abre o aplicativo de entrega em seu celular e faz um pedido.

Mesmo assim, por causa da pandemia do novo coronavírus, Ythalo explica que a manifestação seguirá os protocolos de segurança, com o uso de máscara e respeitando o distanciamento. “Ainda não sabemos se ficaremos parados ou faremos uma carreata”, destaca.

O Mais Goiás procurou a UberEats e Ifood, via e-mail, para comentar as pautas e reclamações dos entregadores sobre as empresas por volta das 18h30, de quarta-feira (17). O portal também enviou uma mensagem ao Rappi pelo endereço eletrônico indicado nas redes sociais da companhia, mas o mesmo voltou. O espaço permanece aberto e a matéria poderá ser atualizada.