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Erosão de 30 metros ameaça engolir casas em Anápolis; moradores aguardam prefeitura há 10 anos

Buraco começou em 2013, segundo moradores

Uma erosão de 30 de metros de profundidade no Residencial Gabriela, em Anápolis, ameaça engolir casas próximas. A cratera começou como um simples buraco há 10 anos, em 2013, e hoje já tem 180 metros de comprimento e 60 de largura. As informações foram concedidas pelos moradores do bairro, que disseram que nada foi feito pela prefeitura, apesar de frequentes reclamações.

O mecânico de máquinas de costuras, Renato Godoi, revelou ao Mais Goiás que a erosão surgiu em 2013, mas ganhou tamanho considerável em 2017. Desde então, os moradores fazem requerimento para a Prefeitura de Anápolis, mas, conforme ele explica, o problema não foi resolvido até então. Neste ano, em razão das fortes chuvas na cidade, a cratera adquiriu dimensões ainda maiores.

“A cada chuva, o buraco aumenta mais. A rua foi interditada, mas nós, moradores, que improvisamos a interdição com galhos. São 8 casas diretamente ameaçadas. Nosso medo principal é de perder nossas residências ou pior: ela [erosão] avançar rápido de tal forma que não consigamos sair de nossas casas a tempo”, desabafa Renato.

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O mecânico explica que todo ano a prefeitura diz que as obras serão iniciadas, porém nada é feito durante a estiagem e, quando as chuvas começam, os moradores são informados de que as obras não podem ser realizadas durante o período chuvoso.

Renato explica que a única atitude tomada pela gestão, desde 2017, foi quando eles jogaram entulho no buraco em 2022. A solução, porém, foi temporária e um ano depois a cratera voltou a crescer.

“A prefeitura já mandou técnicos, mas nenhuma atitude que resolvesse o problema foi tomada. A cratera já engoliu árvores que nós plantamos e a vegetação natural. A situação é de dar medo”, revela.

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O morador revela que paga R$ 637 de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), mas teme que sua casa seja levada pela chuva.

O Mais Goiás entrou em contato com a Prefeitura de Anápolis para pedir uma nota sobre o caso, mas as mensagens não foram respondidas. De toda forma, o espaço continua aberto para devidas manifestações.

Perigo de acidentes

Renato contou que mesmo após os requerimentos enviados à gestão, a rua não foi interditada e, por isso, os moradores usaram galhos de árvores para impedir a passagem de veículos e evitar possíveis acidentes.

“Acidente ainda não ocorreu, porém pode acontecer a qualquer momento. Muitas crianças ficam brincando aqui na rua e algo pode acontecer com elas também”, ressalta.

“Estamos abandonados”

Maria José, de 64 anos, é aposentada e durante toda sua vida teve o sonho de ter sua casa própria. Esse sonho, entretanto, corre o risco de se tornar um pesadelo toda vez que começa a chover.

Ela explica que sua residência é a que fica mais próxima da erosão e, por isso, precisa sair com o marido toda vez que a chuva ameaça cair.

“Toda vez que chove, a gente ora para Deus não deixar nada acontecer. Estamos abandonados”, diz a aposentada.