Pais e alunos do Centro Educacional Sesc Cidadania, do Jardim América, em Goiânia, foram pegos de surpresa por um comunicado emitido pela unidade no início desta semana que anunciava a suspensão de diversas atividades. Modalidades como karatê, Atividade Psicomotora e Lúdica para Crianças (Apluc), iniciação esportiva, xadrez, jazz e teatro deixariam de ser oferecidas devido “ao custo altíssimo”.
O texto, assinado pela direção da escola, foi distribuído na última segunda-feira (10), e explica que o Sesc “sempre prezou, e continuará prezando, pela excelência na prestação de seus serviços, dentro do compromisso social que mantém sobretudo com os comerciários”. Apesar disso, a unidade ressalta que é de conhecimento geral que o país passa por uma crise, gerando falência e desemprego, o que contribuiria para a inviabilidade da manutenção das atividades. “Esperamos que num futuro próximo a situação econômica do País se estabilize e nos permita, aos poucos, retomar todas as atividades que terão de ser suspensas”, diz a nota.
A direção do Sesc, porém, garante que, ainda que realmente haja dificuldades financeiras, a suspensão das atividades nunca foi cogitada. “Houve uma precipitação”, afirma o diretor regional da entidade, Giuglio Settimi Cysneiros.
O diretor relata que a crise pela qual passa o País não deixou o Sesc incólume. “Caiu a arrecadação porque o comércio está fechando as portas e o desemprego está aí”, ressalta. Segundo ele, o Sesc é mantido pelos empresários por meio da arrecadação de 1,5% das folhas de pagamento de algumas empresas do ramo do comércio e da prestação de serviços. Outra fatia vem dos valores módicos cobrados pela entidade aos seus frequentadores, que correspondem a apenas 20% de seus custos totais. “O Sesc subsidia 80% dos valores dessas atividades”, explica.
Porém, mesmo nesse contexto, o diretor afirma que a suspensão não estava sendo cogitada. “Vamos manter todas as atividades. Vai haver apenas uma revisão de valores para a adequação a esse cenário atual”, pontua.
Segundo ele, das 90 vagas constantes para as atividades listadas, houve apenas 25 matrículas até o momento. Esse fator também pesa para a decisão de reajuste dos valores cobrados. Os novos preços, porém, ainda não foram definidos.
“Nós estamos fazendo as planilhas. Vai depender do número de pretendentes, custo dos professores, valor da eletricidade, entre outros. Mas pode ter certeza que os valores serão sempre os mais baixos da cidade”, destaca Giuglio. O anúncio dos novos preços ainda não tem previsão para acontecer, mas, para o diretor, “deve ser feito o mais rápido possível”.