INCERTEZAS

Escolas privadas podem retomar aulas presenciais com rodízio de alunos em agosto

Rede privada tem realizado estudos e trabalha na confecção de um protocolo que vai orientar a forma como os colégios poderão voltar

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Por causa da pandemia do coronavírus, as aulas nas redes pública e privada foram suspensas em março deste ano. Desde então, professores, alunos e pais enfrentam desafios para de adaptação à nova realidade, que pode ser modificada em agosto. Isso porque as aulas presenciais podem voltar a acontecer em colégios particulares de Goiás após as férias. Para isso, no entanto, instituições devem tomar uma série de medidas para evitar a covid-19, entre elas, o rodízio de alunos.

Segundo o presidente do Sindicato das Escolas Particulares do Estado (Sepe), Flávio Roberto de Castro, a rede privada tem realizado estudos e trabalha na confecção de um protocolo que vai orientar a forma como os colégios poderão voltar. O documento com as novas regras deve ficar pronto na próxima semana.

Ele ressalta, no entanto, que, o protocolo só será colocado em prática após aval e liberação da Secretaria de Saúde. “A determinação atual é de que as aulas presenciais fiquem suspensas até o final de julho. Na última semana do próximo mês, a pasta vai verificar os números da covid-19 no estado e analisar os protocolos de cada rede. Só depois dessa liberação é que poderemos colocar a volta em prática”, disse.

Flávio Roberto explica que os protocolos vão determinar como as escolas poderão voltar a funcionar presencialmente. Isso inclui, inclusive, a quantidade de alunos autorizada e o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs).

“Ainda não há data definida para a volta e tudo ainda é possibilidade, mas as escolas já estão se preparando. A elaboração do protocolo é complexa porque as realidades variam de instituição para instituição. Cada série é uma realidade. Cada escola tem um tamanho, uma demanda. É um trabalho muito minucioso”, comentou.

Rodízio de alunos

Apesar de tantas indefinições, o presidente do Sepe acredita que as escolas privadas não devem voltar com todos os alunos. “O número de estudantes terá que ser reduzido. Então, é bem possível que adotemos o sistema de rodízio de alunos”, disse.

Segundo ele, a previsão é de que o aluno participe da aula presencialmente em um dia e só retorne à escola dois ou três dias depois. Nesse intervalo, porém, o estudante continuará assistindo aulas ao vivo pela internet.

“Podemos dizer que as redes estão se preparando. É um processo difícil. É preciso fazer reserva, comprar insumos, fazer uma adaptação à realidade imposta. As escolas também precisam fazer uma acolhida com os pais e mostrar tudo sobre as medidas de segurança adotadas”, afirmou.