Especialistas explicam qual o risco de usar o celular enquanto ele carrega: entenda
Um estudo recente da Digital Turbine revelou que 20% dos brasileiros não ficam mais de…
Um estudo recente da Digital Turbine revelou que 20% dos brasileiros não ficam mais de 30 minutos longe do celular. Logo, não é difícil ouvir relatos de usuários que usam os aparelhos mesmo quando eles estão conectados na tomada para recarregar. Na noite do último sábado (18), por exemplo, um adolescente de 14 anos morreu na cidade de Alêxania após receber um choque elétrica enquanto manuseava o celular, que estava carregando através de uma extensão na tomada. Pensando nisso, o Mais Goiás ouviu especialistas para entender se a atitude de usar o celular enquanto ele carrega põe a vida dos usuários em risco.
De acordo com o engenheiro eletricista Jovanilson Faleiro de Freitas, “todo equipamento conectado a uma tomada é passível de alguma sobrecarga”. Ou seja, mexer no celular enquanto ele carrega oferece sim risco de choque ao usuário. No entanto, é preciso entender que isso pode acontecer com qualquer objeto conectado à rede elétrica, seja uma televisão ou forno micro-ondas ou mesmo o celular.
Além disso, para causar algum choque aos usuários, os equipamentos precisam sofrer alguma sobrecarga muito intensa. “Quando um equipamento está sendo carregado, há sim uma circulação de corrente elétrica de 5 a 20 volts. Porém, essa corrente é de pequeno porte e não é suficiente para provocar o choque elétrico grave”, explica o engenheiro.
Quando o risco de usar o celular enquanto ele carrega é maior?
Há situações que tornam o uso do celular enquanto ele carrega mais perigoso. Ou seja, mais propenso a sofrer alguma explosão ou descarga elétrica. Entre essas situações de risco estão o período de chuvas, em que há maior incidência de raios; o uso de carregadores e baterias falsos e o uso de extensões de má qualidade.
Jovanilson explica que no caso de equipamentos falsos, por exemplo, ele podem não estar dimensionados em conformidade com as especificações técnicas do celular e sobrecarregar tanto a baterias internas como demais componentes do aparelho.
“Em casos em que há o superaquecimento tanto do carregador, como da bateria do celular pode sim existir alguma falha no telefone. Por isso, é recomendável jamais utilizar baterias não oficiais e carregadores sem a garantia de certificação do INMETRO”, afirma.
Chuvas
O engenheiro eletricista Brenno Nascentes de Paula explica que, quando as chuvas vêm acompanhadas de raios e ventos fortes, elas podem causar queda de árvores ou rompimento de cabos, fazendo com que a distribuição de energia oscile. Ou, caso um raio caia próximo a rede elétrica, pode acontecer um ‘surto de tensão’, causando danos aos equipamentos.
Profissionais da área afirmam que ações simples, como retirar os aparelhos da tomada no período chuvoso, ajudam a evitar que os equipamentos queimem ou causem choques. “Durante a volta da energia a tensão pode voltar desbalanceada nos primeiros momentos e a velha tática de retirar os aparelhos da tomada é válida”, explica o engenheiro eletricista, Brenno.
Confira as dicas:
- Durante a chuva tire os equipamentos da tomada, preferencialmente os que não precisam ficar ligados sempre;
- Escolha produtos com o selo de aprovação do Inmetro;
- Observe se o fusível do seu produto está danificado, caso esteja, troque;
- Invista no aterramento do local em que vive;
- Procure dispositivos de prevenção, como o ‘nobreak’;
- Procure orientação com um profissional sobre a condição de seu disjuntor e DPS;
Extensões
No que diz respeito às extensões, os especialistas explicam que os usuários devem observar a 1) a integridade da fiação; 2) a conexão das tomadas da extensão; 3) o tamanho da extensão. “Não nenhuma mágica, o melhor a se fazer é seguir as recomendações do fabricante e evitar manusear o celular conectado ao carregador e à tomada”, conclui.
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*Larissa Feitosa compõe programa de estágio do Mais Goiás sob supervisão de Hugo Oliveira.