Fábio Junior Oliveira Santos

Esposa de motorista de aplicativo morto em Varjão presta depoimento, em Trindade

De acordo com o delegado André Fernandes, responsável pelo caso, o intuito de ouvir a mulher foi para traçar o perfil da vítima

“A família quer que esclareça todos os pontos”, afirma advogado

Na tarde desta quarta-feira (6), Mayza Jacinto, esposa do motorista da Uber Fábio Junior Oliveira Santos, prestou depoimento à Polícia Civil (PC), na 16ª Delegacia de Trindade. Fábio Junior, de 38 anos, foi morto na zona rural de Varjão no dia 31 de outubro, após ser baleado por policiais.

De acordo com o delegado André Fernandes, responsável pelo caso, o intuito foi para traçar o perfil da vítima. “Ela falou por duas horas. Contou como era o Fábio, os locais que transitava, como ele teve acesso ao veículo que usava para trabalhar”, relata o delegado.

Segundo André, Mayza afirmou que não conhece os homens que estavam com o marido quando ele foi morto. “Ela disse ainda que vez ou outra ele fazia o transporte com o aplicativo desligado”, afirma. Quanto ao carro de trabalho, o delegado diz que não era dele. “Está no nome de uma pessoa de Brasília, que teria vendido para uma segunda que aluga carros em Goiânia”, conta.

Conforme informações da Polícia, a pessoa que alugou o carro já foi identificada e será intimada a depor. O delegado afirma, ainda, que as investigações devem ser concluídas em 20 dias. Nesse período, continuaremos colhendo depoimentos, vamos ouvir os policiais militares e estamos aguardando os laudos da Técnico-Científica”, conta Fernandes.

Relembre o caso:

Fábio Júnior foi visto com vida pela última vez no final da madrugada do dia 29 de outubro, quando saiu da casa onde morava com a mulher e filhos, em Senador Canedo, para trabalhar como motorista para um aplicativo. Dias depois, familiares encontraram o corpo dele no Instituto Médico Legal (IML) de Aparecida de Goiânia. Eles teriam sido informados de que o homem foi morto junto com outros três durante uma troca de tiros com policiais militares.

Após o suposto confronto, que deixou os quatro ocupantes do Classic mortos, os PMs apresentaram três revólveres, uma espingarda uma toca ninja e um alicate corta vergalhão, que estariam com os suspeitos. Fábio Júnior era o único que estava com documentos. Contudo, a morte dele não foi comunicada à família. Isso chamou a atenção da Polícia Civil.

Foi montada uma força-tarefa e solicitada a perícia no veículo e no corpo do motorista para descobrir de quais armas saíram os disparos que o atingiram.